Memória Cinematográfica

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Universidade Monstros

3D Animação Disney GQ Pixar 24 junho 2013

Doze anos depois de o mundo se encantar com “Monstros S.A.”, a Pixar/Disney lança em estreia mundial nesta sexta-feira, 21, “Universidade Monstros” (“Monsters University”). O longa-metragem de animação conta a história de como tudo começou. Tudo, no caso, é como Mike Wazowski e James P. Sullivan se tornaram amigos e como começaram a trabalhar na empresa Monstros S.A.

Dirigido por Dan Scanlon em sua estreia na função em animações, “Universidade Monstros” traz Mike ainda na infância e na adolescência, época em que ele apenas sonhava em ter um emprego como “assustador”. Quando consegue entrar para a universidade, tem a ambição de frequentar as aulas de susto, mas precisa provar que é capaz, pois, aparentemente, não provoca medo em ninguém.

Durante essas aulas, Mike conhece Sulley, mas é hostilizado pelo gigante peludo, assim como pelos outros monstros da universidade. Ele sofre um verdadeiro bullying antes de ter o “emprego dos sonhos”!

Se “Monstros S.A.” trouxe história divertida e inusitada, além de técnica inovadora e impecável, a continuação não traz novidades ao espectador, a não ser alguns personagens e diálogos engraçados. O primeiro filme da franquia, lançado em 2001, recebeu quatro indicações ao Oscar e venceu em uma (Melhor Canção Original, If I Didn’t Have You). O prêmio de Melhor Longa-Metragem de Animação naquele ano ficou para Shrek, da DreamWorks.

Vale lembrar também que Monstros S.A. tornou-se o filme de animação mais visto no ano de seu lançamento. A história sobre os monstros que trabalham em uma fábrica que se dedica a arrancar e guardar os gritos dos pequenos, então dirigido por Pete Docter, serviu de laboratório para os lançamentos seguintes do estúdio, na arte de produzir animações 3D com pelos e cabelos.

Em versões 2D e 3D, Universidade Monstros não é o melhor filme do estúdio nem mais o inovador, mas é capaz de provocar boas gargalhadas com seus diálogos descolados.
Em tempo: Não saia antes do final dos créditos. E é durante os créditos que o espectador descobre que Michel Teló teve uma participação na versão dublada – mas passa desapercebida durante a projeção.

(O texto completo pode ser lido na GQ, site no qual ele foi publicado originalmente.)

Curta-metragem

Como de costume, a Pixar exibe um curta-metragem antes do início da projeção do longa. “O Guarda-Chuva Azul” mostra a sensibilidade do estúdio em exibir objetos que ganham vida. Aqui, no caso, é o guarda-chuva. Em meio a um mar de unidades pretas, o azul se destaca e logo se apaixona pelo de cor vermelha. Eles têm olhos, bocas e, claro, sentimentos. O vermelho, aliás, parece ter os olhos puxados em uma nítida menção à China, gigante que, comercialmente, tem ameaçado os Estados Unidos, mas aqui é convidado de honra.

Em uma cidade na qual os olhos são os parafusos das lixeiras, dos bueiros, dos semáforos, das placas de trânsito etc., não são necessários diálogos para comunicar o amor que envolve os dois guarda-chuvas. As pessoas que carregam os tais guarda-chuvas resolvem ir conversar, claro, no Parapluie Café (guarda-chuva, em francês). A música de fundo dá conta de apresentar a intenção dos olhares e a própria história serve para amaciar o espectador e fazê-lo ficar pronto para o que vem pela frente!
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