Memória Cinematográfica

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O Amor Não Tira Férias

Comédia Romântica tatianna 21 dezembro 2006

Previsível nesta época do ano o lançamento de um filme que fala sobre as férias entre o Natal e o ano-novo. Previsível e bem comum. Porém, no longa-metragem “O Amor Não Tira Férias” (“The Holiday”), que estréia nesta sexta-feira, dia 22, o mais interessante de tudo não é a óbvia história central, que fala sobre o intercâmbio entre duas moças vindas de cidades localizadas cada uma de um lado do Oceano Atlântico.

O melhor da fita é mesmo quando uma delas, Iris, vivida pela talentosa atriz inglesa Kate Winslet, chega a Hollywood e se encanta por um roteirista de cinema aposentado. É a partir de então que uma história paralela tem início e faz uma muito justa homenagem à sétima arte.

“O Amor Não Tira Férias” começa quando a executiva de publicidade em cinema Amanda Woods (Cameron Diaz) termina o seu namoro por infidelidade e diz que precisa ir pra bem longe de onde vive, em Los Angeles. Então, ela procura no site de busca um lugar como esse e com poucas opções de poder encontrar um homem na rua.

Ao mandar uma mensagem para a pessoa que pretende alugar o chalé em uma cidade próxima a Londres, na Inglaterra, responde, do outro lado, a inconsolável Iris Simpkins (Kate Winslet), uma jornalista que escreve para uma coluna sobre casamento no Daily Telegraph, e está apaixonada por um cara que vai se casar com outra mulher.

Chorando, ela vê o interesse pelo aluguel e responde dizendo que só vai alugá-lo se for em forma de intercâmbio, ou seja, a pessoa interessada vem para a sua casa, enquanto ela vai de mala e cuia para a dela. Deu certo.

Enquanto Iris chega a Los Angeles em um dia ensolarado, Amanda é obrigada a andar quilômetros com a mala na mão por conta da altura da neve. Iris conhece Arthur (Eli Wallach), um famoso roteirista da Era de Ouro de Hollywood, e Miles (Jack Black), compositor de cinema que trabalha com o ex-namorado de Amanda. Já Amanda, em ponto de desistir da viagem, vai atender a porta e dá de cara com Graham (Jude Law), irmão de Iris. Então, os olhos brilham.

A diretora Nancy Meyers, de “Alguém Tem Que Ceder“, também é autora do roteiro. Ela faz uma escolha interessante (e óbvia) para os atores, quando coloca no meio do caminho a loira de olhos azuis Cameron Diaz e o galã do mesmo tipo, Jude Law. Ele, que recentemente fez personagens canastrões, como em “Alfie, o Sedutor“, desta vez se mostra, aparentemente, como mais um. No entanto, no decorrer da fita sua personalidade vai mostrar que ele é um viúvo, pai de duas lindas menininhas, que está interessado mesmo em reconstituir uma família com alguém de quem suas filhas gostem e se dêem bem.

Do outro lado do oceano, porém, a talentosa Kate Winslet está cansada de amar o cara errado, que a usa para ajudar em questões profissionais, mas pede a mão de outra em casamento. Então, durante duas semanas na Califórnia, ela vai incentivar o ex-roteirista a aceitar a justa homenagem que lhe será feita, e também vai se dar uma chance de ser amada, quando conhece Miles.

Jack Black, aliás, continua no ramo musical. Depois de interpretar Barry, em “Alta Fidelidade”, quando era um vendedor de discos e também vocalista de uma banda, e Dewey Finn, em “Escola de Rock”, desta vez ele continua no ramo musical, quando faz um personagem que compõe trilhas sonoras para os trailers elaborados pela empresa de Amanda. A trilha sonora do longa, aliás, é composta por Hans Zimmer e dá um toque especial.

A química dos atores é de extrema importância e ela funciona bem em todos os casos. É preciso dizer também que a história é manjada e logo no início já se sabe como o filme vai terminar. No entanto, às vezes é preciso de contos desse tipo para apenas curtir as férias de Natal.

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