Os fãs de Zorro, aqueles que costumavam assistir ao seriado na TV que começou no final da década de 50, podem comemorar. Criado em 1919 pelo autor Johnston McCulley, Zorro é considerado o primeiro herói mascarado da ficção norte-americana moderna.
Embora seu primeiro longa-metragem, “A Máscara do Zorro” (“The Mask of Zorro”), tenha feito bastante sucesso (só nas bilheterias internacionais arrecadou mais de US$ 250 milhões), a história é fraca e deixa a desejar no quesito ação, uma vez que a trama se preocupa muito mais em contar a transferência do legado do que as façanhas do herói.
Em “A Lenda do Zorro” (“The Legend of Zorro”), filme que estréia nesta sexta, 28, o personagem principal pode ser visto na mais completa correria, lutando pelos oprimidos e na melhor química com Elena, vivida novamente pela belíssima Catherine Zeta-Jones.
Dez anos depois de quando termina a história no primeiro filme, o filho do casal, Joaquin (Adrian Alonso), já apronta peripécias na escola e dá um show de interpretação. Ele, aliás, admira Zorro e não imagina que o pai e o herói são a mesma pessoa.
Dirigido por Martin Campbell (“007 Contra GoldenEye”), o longa é muito mais ação do que o primeiro (afinal é exatamente isso o que o espectador quer ver). Quando começa, aliás, o movimento da câmara acompanha tudo, de maneira que quem está assistindo à trama passa a fazer parte dela.
Na primeira parte, por se tratar do começo de tudo, Zorro é um cara atrapalhado e inicia o treinamento para poder vestir a máscara do herói. Na continuação, que se passa em 1850, a Califórnia quer se tornar o 31º Estado dos Estados Unidos, mas certos indivíduos, membros de uma organização medieval, estão determinados a impedir que isso aconteça.
Com lutas que prezam pela honra e pela família, e é ele que diz: “Minha família é minha vida”, Antonio Banderas faz bonito quando maneja a espada, luta dentro do trem ou contracena com o corcel negro Tornado. Um dos bons momentos da trama é quando Joaquin usa o seu estilingue na escola e também quando Alejandro de la Vega está bêbado.
Produzido por Steven Spielberg, Gary Barber e Roger Birnbaum, embora a história se passe na Califórnia do século 19, o filme foi inteiramente rodado no México. Uma sessão da tarde que não pode ser passada em branco, principalmente se for para lembrar o gosto dos velhos tempos.