Memória Cinematográfica

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Um Golpe Perfeito

Estreia 14 junho 2013

Um plano infalível: falsificar um quadro de famoso pintor francês e vendê-lo a preço de original a um colecionador. Este é o mote do longa-metragem “Um Golpe Perfeito” (“Gambit”), com direção de Michael Hoffman.

Aos olhos do falido curador de arte Harry Deane (Colin Firth), este é o caminho mais rápido para ganhar dinheiro, ou melhor, muito dinheiro. Para isso, porém, ele conta com a ajuda do falsificador, que copia as obras de pintores renomados, e com a rainha dos rodeios (Cameron Diaz, com um forte sotaque interiorano), que vive no Texas, para inventar uma história sobre a origem do tal quadro. É lá que os ingleses vão buscar a moça e fazer um teatro furado ao colecionador, aqui vivido pelo mal-humorado Lionel Shabandar (Alan Rickman).

Claude Monet, no século 19, pintou a obra “Impressão, nascer do sol”, que deu nome ao movimento que ficou conhecido como “Impressionismo”. Ao lado de outros pintores consagrados, como Edgar Degas, Édouard Manet, Vincent van Gogh, Monet costumava pintar paisagens vistas sob os mesmos ângulos, mas em horários diferentes, como início da manhã e fim da tarde, de modo que a luz incidente sobre a paisagem a torna diferente. E foi sob esse ponto de vista que ele pintou “Monte de Feno”, uma de suas séries.

Na trama, o tal colecionador possui um desses quadros e daria muito dinheiro para ter o segundo da série. Sabendo desse ponto fraco, o curador, cheio de trejeitos e bastante trapalhão, acredita que tem o plano perfeito para dar o tal golpe.

Entre piadas sem graça e muitos clichês, o espectador vai acompanhar atores brilhantes desfilando em Londres, em restaurantes chiques e hotéis de luxo, para enganar um comprador que tem muito dinheiro e nenhuma simpatia.

Com roteiro escrito pelos irmãos Joel e Ethan Coen (“Onde os Fracos Não Têm Vez”), “Um Golpe Perfeito” pode até ter a sacada para “pegar” um comprador sem noção, mas ainda ficou faltando um motivo mais surpreendente para conquistar a plateia. Um Monet pode fazer com que enormes filas se formem em frente a um museu impressionista ou até mesmo em frente a uma tela, mas não é suficiente para garantir público nesta comédia.

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