Faz 15 anos que o mundo se rendeu ao charme de Kate Winslet durante o par romântico que formava com Leonardo DiCaprio, em um típico filme-catástrofe que unia história, emoção e tecnologia. Depois disso, eles partiram para o sucesso e nunca mais pararam.
Dirigido, escrito, produzido e editado por James Cameron, “Titanic” retorna às telas em formato 3D para “celebrar” o centenário da tragédia que deixou mais de 1.500 mortos em alto mar, em plena viagem inaugural do navio que foi feito para não afundar. Como o longa-metragem é baseado em fatos reais, não há importância ao se dizer que sim, o navio afunda. O enredo, porém, enfoca o caminho percorrido até que isso aconteça.
James Cameron também alcançou o sucesso com a sua obra. Até bem pouco tempo atrás, “Titanic” era o filme de maior bilheteria da história do cinema (arrecadou mais de US$ 1,8 bilhão ao redor do mundo e recebeu 11 indicações ao Oscar). Cameron só perdeu o primeiro lugar adivinha pra quem? Para ele mesmo, em 2009, quando filmou “Avatar” com uma câmera especial. Esse é o trunfo deste filme sobre os “homens azuis”.
Nesta sexta-feira, 13, estreia nos cinemas a versão em três dimensões de “Titanic”. Ou seja: é o mesmo filme, feito a partir da mesma matriz, mas com o incremento tridimensional.
Na trama, Leo DiCaprio (“A Origem”, “Ilha do Medo”) é Jack Dawson, um rapaz sem eira nem beira que ganha durante um jogo de cartas um par de bilhetes para embarcar na viagem inaugural do R.M.S. Titanic, talvez o mais famoso, luxuoso e inovador navio de toda a história, que sai da Inglaterra para a América. Lá, ele conhece Rose Dewitt Bukater (Kate Winslet, de “O Leitor”, “Contágio”), uma garota pertencente a uma família falida, mas que tem a “oportunidade” de reverter esta situação com o casamento, já que seu noivo foi quem patrocinou a viagem.
Como seria de se esperar, o rapaz pobre e a garota chique e supostamente rica se encontram, se encantam um com o outro e prometem felicidade eterna. A questão é que há uma tragédia anunciada no meio do caminho. Em meio à confusão, os dois vão precisar se unir para tentar se salvar.
O (re)lançamento de “Titanic” é uma oportunidade de os jovens que não assistiram ao filme na tela grande em 1997 se acomodarem na poltrona mais confortável e fixar os olhos durante três horas. Já o incremento da conversão em 3D não convence, não faz diferença ao espectador, ao contrário, por exemplo, dos longas de animação e do próprio “Avatar”, que já fora filmado com uma câmera inovadora.
Aqui, o 3D não é capaz de levar o espectador para dentro do navio, ou de ter a sensação quase real de estar se afogando juntamente com as personagens do filme. É verdade, porém, que trata-se de uma grande produção, com uma história emocionante que teve o auxílio da tecnologia e dos efeitos especiais para nascer. Mas poderia ser em 2D, sem o uso daqueles óculos desconfortáveis que os cinemas entregam na entrada da sessão. Para completar, momento de ouvir novamente a “canção-chiclete” interpretada por Celine Dion: “My Heart Will Go On”, composta por James Horner e Will Jennings, que ganhou o Oscar de Melhor Canção.