É um assunto recorrente, tanto na vida real, quanto na ficção. Bridget Jones viveu isso na literatura e, mais tarde, no cinema. Discutiu com moças de 30 anos como era a sua vida de solteira e as dificuldades de encontrar o homem ideal, principalmente depois que já se é independente, tem-se o próprio dinheiro e sabe que pode ficar (bem) sozinha. No mínimo sabe que o ditado “antes só que mal acompanhada” é verdade.
Carrey , personagem vivida por Sarah Jessica Parker no seriado “Sex and the City”, é outro exemplo de mulher com 30 anos que sabe muito bem os seus limites, pode viver sem um homem, mas também não abre mão de buscar seu companheiro para dividir a sobremesa, o travesseiro e ter um ombro pra apoiar a cabeça enquanto assiste à uma sessão no cinema.
Motivada por uma reportagem, outro dia provoquei uma discussão entre moças de 30 anos que ainda não se casaram. Na ocasião, falei para elas que não será fácil encontrar o príncipe encantado com a lista de exigências que priorizamos. Na verdade, acho que acaba assustando os rapazes quando eles percebem que se trata de moça independente, aquela que batalha pelo seu próprio dinheiro, tem sucesso na carreira e não aceita que ele seja diferente. Ao mesmo tempo, com toda essa independência, ela quer que ele seja “démodé” ao ponto de abrir a porta do carro para ela entrar, dar preferência para ela entrar primeiro em uma sala ou subir a escada rolante, e que seja, sobretudo, atencioso.
Um homem bem-sucedido, mas que não fique pendurado no celular enquanto estiver em um jantar romântico; que se prontifique a carregar as suas sacolas, que seja gentil. Pagar a conta do restaurante é algo que não precisa fazer parte, já que os dois têm um trabalho e podem, sim, dividir.