Assim que o filme inicia na tela, já aparece a famosa vinheta da Marvel, principal editora de HQs que publica histórias de super-heróis como Homem-Aranha, Hulk, X-Men, Quarteto Fantástico e por aí afora. Todos já viraram filmes (Hulk tem novo longa-metragem com estréia prevista para 13 de junho). Desta vez, porém, quem chega à telona na quarta-feira, dia 30 de abril, é “Homem de Ferro” (“Iron Man”). A estréia, aliás, é mundial – embora nos Estados Unidos o filme só chegue dia 2 de maio e já tenha havido pré-estréia na Austrália.
O personagem, inspirado em parte pela personalidade do ícone americano Howard Hughes, foi criado por Stan Lee (um dos produtores executivos do filme), Larry Lieber, Don Heck e Jack Kirby e teve suas primeiras aparições em abril de 1963.
A fita conta a história do inventor e maior fornecedor de armas do governo americano, Tony Stark (Robert Downey Jr.). Isso porque ele leva uma vida de playboy, dirige o carro da moda (ou será carros?), tem a mulher que quer em sua cama, viaja com seu avião particular (e se esbalda com mulheres e bebida durante o trajeto de negócios até o Afeganistão) e, uau!, vive em uma bela casa em frente ao mar de Malibu, na Califórnia, nos Estados Unidos. Apesar disso, é de sua bela assistente, Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), que depende, já que não sabe seu número de RG.
No entanto, depois que é preso como refém no país asiático e é obrigado a construir mísseis para destruição em massa, ele precisa arrumar um jeito de mudar o seu destino. É aí que acontecem todas as cenas previsíveis (e divertidas) das histórias que envolvem super-heróis.
Já dá para se ter uma noção logo no início do filme do que se verá pela frente, pois o longa traz música alta na abertura, tiros e, em meio a tudo isso, mostra os soldados que ajudam o executivo famoso a sair do bombardeio tirando fotos com ele para publicá-las na internet. Isso é apenas um aperitivo, porque tudo ainda será em larga escala, exatamente como pede um filme que terá, com certeza, a sala cheia de jovens comendo pipoca.
Além dos tiros, as mulheres em momentos sensuais também estão presentes, como um perfeito apelo ao público masculino, pois são os rapazes quem mais vão se interessar pelas histórias de super-heróis no cinema. Para a concretização do Homem de Ferro, no entanto, é preciso esperar a metade do filme, porque é depois de uma hora de projeção que Tony Stark vira finalmente o personagem-título.
A espera não é lá muito demorada, enquanto isso é possível entender como Stark chegou lá e acompanhar a confecção de sua armadura. Depois, ele precisará esconder sua nova personalidade de Obadiah Stane (Jeff Bridges). Do coronel Rhodey (Terrence Howard), porém, Stark terá total apoio.
Para a direção do longa foi escolhido Jon Favreau, muito mais conhecido por seus trabalhos como ator, por exemplo como o milionário Pete Becker de “Friends”, que como diretor. Seu último trabalho do lado de lá das câmeras foi em “Zathura: Uma Aventura no Espaço”.
Favreau posiciona bem as suas lentes de modo a oferecer a melhor visão da aventura ao espectador e Robert Downey Jr. rouba a cena a maior parte do tempo, tem timing incrível e os diálogos possuem toque de humor que faz do longa ainda mais interessante. Os detalhes, porém, são complementados pelos efeitos especiais, pois eles dão forma ao filme, fazem o Homem de Ferro voar, parar carros em alta velocidade… Ou seja, estão lá para complementar a história que está sendo contada na tela. Não dá pra esperar muita coisa que não seja diversão em um filme como “Homem de Ferro”. Neste quesito, aliás, está garantido para a família toda.
Em tempo: não é oficial, mas tudo indica, principalmente o final do filme, que ainda haverá seqüências desta história (pelo menos mais dois filmes). Haja pipoca!