Memória Cinematográfica

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Os Sem-floresta

Animação tatianna 6 julho 2006

Em mês de férias, pipocam nos cinemas filmes para as crianças. É sempre igual. No entanto, a cada ano, os desenhos estão melhorando e levando não apenas os pequenos, mas também os adultos para assistirem a essas animações. “Carros“, por exemplo, chegou na semana passada e está em primeiro lugar no ranking de bilheteria do final de semana nos cinemas brasileiros.

Nesta sexta-feira, dia 7 de julho, estréia “Os Sem-floresta” (“Over the Hedge”), dos mesmos produtores de “Madagascar” e do sensacional “Shrek”. Este último, aliás, fez bonito no primeiro filme, em 2001, e melhorou a bilheteria ainda mais na segunda parte, lançada em 2004. Tanto, que no ano que vem tem mais uma continuação da franquia (desta vez, sem Bussunda na dublagem em português do personagem-título).

O longa-metragem, dirigido por Tim Johnson (“Formiguinhaz”), foi inspirado nas tiras escritas por Michael Fry e ilustradas por T. Lewis, e estrearam em junho de 1995. As histórias apresentam com ironia as fraquezas dos humanos nas línguas afiadas dos animais da floresta.

A narrativa do longa fala sobre os animais que vivem em uma floresta e, quando acordam da hibernação, em pleno início da primavera, deparam com uma cerca-viva perto de onde eles costumam dormir. Todos ficam extremamente assustados com o que pode estar acontecendo.

O líder, vivido pela tartaruga Verne, sugere que eles fiquem alerta e comecem a pensar em caçar alimento para que possam percorrer mais um inverno com tranqüilidade. Com espírito paternalista e protetor, Verne pretende, sempre, unir os animais e preveni-los das “roubadas” que possam aparecer adiante.

No meio da confusão, surge RJ (com voz de Bruce Willis na versão original), um guaxinim do mal e muito esperto que tentou roubar comida de um enorme urso e, portanto, está sendo ameaçado. Ele, numa tentativa de conseguir ajuda para repor os alimentos, tenta explicar aos animais que do outro lado da cerca estão as mordomias do mundo moderno, como o controle-remoto e toda a comida enlatada que pode existir para facilitar as suas vidas.

É lá, do outro lado da cerca, que moram os humanos, esses seres que “vivem para comer, em vez de comer para viver”, como filosofa RJ, e depois precisam correr do prejuízo em cima de uma esteira.

E foi sacrificando a floresta desses animais que surgiu o condomínio de casas, onde residem pessoas que querem se afastar da natureza, como a presidente da associação dos moradores, que contrata um exterminador de animais para colocar armadilhas em seu quintal, com o intuito de coibir qualquer intruso que possa aparecer na sua casa, guardada por um gato persa muito mimado.

A gambá Estela (com voz da cantora Preta Gil na versão brasileira) tem a missão de conquistar e distrair o gato para que os outros animais da família possam efetuar o “serviço”.

A fita arranca gargalhadas do público, que vai se divertir com as piadas e as trapalhadas desses animais. Para os adultos, fica a lição sobre a gula e também a destruição da natureza e o crescimento desordenado das cidades em troca da vida mansa.

Depois da preparação feita com “Madagascar”, que enumerou diversos tipos de animais na África, os produtores já estavam escolados para construir personagens digitais com diferentes tipos de pelagem e com personalidades que vão atrair até os mais céticos e ranzinzas.

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