Memória Cinematográfica

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As Crônicas de Spiderwick

Estreia 20 março 2008

Já virou moda, e não é de hoje. Adaptações para o cinema de livros que contam histórias repletas de imaginação e criaturas mágicas não param de surgir. Basta lembrar rapidamente dos recentes “O Senhor dos Anéis” e seus hobbits, elfos, orcs; “Harry Potter” e todas as criaturas bruxas; “As Crônicas de Nárnia“, “Peter Pan” e por aí afora.

Quem ganha adaptação desta vez é o livro de Tony DiTerlizzi: “As Crônicas de Spiderwick” (“The Spiderwick Chronicles”). O longa-metragem estréia nesta quinta, dia 20, e promete agradar os fãs de fábulas que contam histórias de seres mágicos, ogros , duendes com muita imaginação e efeitos especiais.

O enredo conta a história da família Grace, que acaba de se mudar de casa. Na verdade, a mãe (Mary-Louise Parker) e seus três filhos saem de Nova York e vão morar no velho casarão de um tio-avô, Arthur Spiderwick (David Strathairn). Porém, o garoto Jared (Freddie Highmore, de “Em Busca da Terra do Nunca”) começa a perceber que coisas estranhas acontecem ao seu redor até que ele encontra um livro que conta sobre as criaturas mágicas e bizarras que vivem por ali. Daí pra frente, terá de se armar para salvar a casa e sua família.

Um dos pontos altos, sem dúvida é o visual, que embora pareça comum no início, a partir dos 15 minutos já começa a ter animações e criaturas produzidas com efeitos de computador. A narrativa, embora simples e previsível, é envolvente e capaz de prender o espectador. Freddie Highmore faz o papel duplo de dois irmãos.

Um deles, Simon, é mais careta, faz o tipo nerd que tem explicações para tudo, partindo de conceitos científicos; Jared, no entanto, é o oposto e responsável por descobrir todas as coisas esquisitas e de convencer os outros membros da família que estão correndo perigo.

Além da participação de Joan Plowright, como a tia-avó, está também Nick Nolte, que faz o papel do ancião que se transforma em quem ele quiser. Vale destaque também o comportamento do guardião do livro, um duende mágico que é apaixonado por mel e bebe a guloseima com bastante intensidade, tal como uma criança mamando.

Para confirmar a história previsível, o início é sombrio (lembra o visual de “A Família Adams”) e os garotos são filhos de pai ausente e mãe doida, que grita por tudo. Para completar o visual, há poeira sobre os móveis, bichos peçonhentos e toda sorte de gosmas e babas.

A música de suspense dá o tom tenso, além da câmera baixa e do olhar subjetivo, que faz o espectador olhar por intermédio dos olhos do personagem na tela. No entanto, no decorrer da fita, o visual denso dá espaço para uma fotografia mais leve, colorida e com riqueza de detalhes.

O diretor Mark Waters (“E Se Fosse Verdade”) consegue fazer o seu trabalho de modo a garantir a diversão do público da platéia, sem apelar ou se estender demais para contar a história.

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