Eu não tenho muita paciência com Internet. Assim: bato papo no MSN, navego pelos sites por conta do trabalho e também para lazer, envio e recebo e-mails. Ah, me inscrevi no Skype outro dia. Mas não tenho muito saco para jogos on-line, tampouco Second Life (até me cadastrei, mas não dá, vai além do meu limite). No Orkut eu tenho um perfil lá muito mais para encontrar os amigos e manter contato, que para participar de comunidades, discutir, fazer novos amigos, essas coisas. No meu grupo de amigos só mesmo aqueles que conheço. Talvez tenha um ou outro que esteja lá por acaso, mas é só.
Outro dia estava eu passeando pela comunidade de Cinema Europeu, da qual faço parte, e lendo o que as pessoas escrevem, joguei uma questão. É que de repente me dei conta que o cinema francês estava invadindo as telas brasileiras de modo como eu nunca havia percebido.
É óbvio que a França continua produzindo muitos filmes, como sempre produziu (eles que inventaram o espetáculo cinematográfico, lembra?), mas comecei a pensar em tantas produções francesas e não só isso: há muitos filmes que têm Paris como pano de fundo e cenário (a cidade mais bonita do mundo precisava de destaque).
Acho que foi logo depois que assisti ao longa-metragem “Paris, Te Amo”, um conjunto de curtas-metragens produzidos por cineastas de vários cantos do planeta, sempre tendo a cidade como foco, que comecei a pensar no assunto. E a sentir falta de Paris.
Depois vi “Um Lugar na Platéia”, sobre a garçonete e a comediante que vivem em Paris. “Medos Privados em Lugares Públicos”, do ótimo Alain Resnais, mostra outros detalhes da cidade. Embora não seja produção francesa, a animação “Ratatouille” é uma excelente homenagem a Paris, com imagens desenhadas especialmente para compor a cidade na tela.
O DVD, no aconchego do lar, também não dá trégua. “Pintar ou Fazer Amor” se passa no interior da França, mas dá um gostinho de quero mais. “Acossado”, de Jean-Luc Godard, tem a capital francesa como foco e é um excelente começo para os amantes da nouvelle vague. Palmas também para “Os Incompreendidos”, de François Truffaut, sobre os garotos que aprontam pelas ruas da cidade. Ufa!
Ah, sim, para completar a maratona francesa, estou lendo atualmente “Mulher de 30 anos”, de Honoré de Balzac. Sobre a saudade de Paris, bem, deixa pra lá. Quem sabe daqui a um mês eu volte a tocar no assunto. 😉