Memória Cinematográfica

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Caixa 2

Nacional tatianna 5 maio 2007

Sempre quando vai estrear um filme nacional, o espectador pensa duas vezes antes de sair de casa. Apontado para 6 de abril, ganha as telas “Caixa 2”, adaptação da peça escrita por Juca de Oliveira.

Dirigido por Bruno Barreto (“O Casamento de Romeu e Julieta”), o longa-metragem conta a história de um banqueiro, vivido por Fúlvio Stefanini, e de um funcionário exemplar, Roberto (Daniel Dantas), que já trabalha na instituição há 25 anos. Mesmo assim, com tanto tempo de casa, o presidente e o gerente não se conhecem e a ponte de ligação será feita a partir de um depósito de R$ 50 milhões feito na conta corrente de Lina (Zezé Polessa), esposa de Roberto.

O encontro é marcado por intermédio da  sexy secretária do banqueiro, Ângela (Giovanna Antonelli), que, além de ter sido “laranja” da transação ilícita, namora Henrique (Thiago Fragoso), filho do casal.

Daí pra frente, já dá pra imaginar o que vai acontecer para a recuperação do depósito feito erroneamente na conta da professora Lina. O roteiro faz questão de, ao apresentar os personagens, marcar bem as virtudes e os defeitos de cada um. E, como era de se esperar, muito mais qualidades da família pobre, e todos os defeitos do banqueiro que só faz falcatruas. O ponto baixo fica por conta dos palavrões pronunciados o tempo todo (confira também nos erros de gravação os absurdos).

O filme não tem nenhuma inovação cinematográfica, se passa praticamente todo em estúdio e está situado em São Paulo. As cenas iniciais marcam justamente os contrastes da cidade, quando mostra mansões e favelas, ostentação e falta de dinheiro. Algumas situações cotidianas talvez arranquem risadas dos espectadores, mas nada além disso. Talvez tenha funcionado muito mais no teatro, quando teve mais de um milhão de espectadores, porque no cinema há opções melhores.

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