Memória Cinematográfica

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Zodíaco

tatianna 31 maio 2007

No final da década de 1960, um serial killer assombra São Francisco, nos Estados Unidos, ao matar pessoas, geralmente casais, e depois enviar cartas aos jornais da cidade.“Zodíaco” (“Zodiac”), thriller dirigido por David Fincher (o mesmo de “Seven – Os Sete Pecados Capitais” e “Clube da Luta”), conta a história verídica baseada no livro de Robert Graysmith (que também será lançado pela Editora Novo Conceito, 416 págs., R$ 39,90), escrito com base em boletins de ocorrência da polícia local.

O longa-metragem segue contando a história desde 1969 até 1991. Aos policiais que estão tomando conta do caso, se torna uma obsessão desvendar o crime, já que Zodíaco, o nome com o qual o assassino se auto-intitula, não descansa.

É o escritor, aliás, um dos personagens da fita, vivido por Jake Gyllenhaal, o cartunista do jornal San Francisco Chronicle. Ex-escoteiro e fã de livros e passatempos, Graysmith fica na cola do colega experiente Paul Avery (Robert Downey Jr.), o repórter criminal de grande projeção do jornal, para desvendar o crime. O jornal, então, recebe uma carta do Zodíaco solicitando que a mensagem cifrada seja publicada na primeira página do diário ou coisas terríveis continuarão ocorrendo na cidade.

A partir daí, começa a corrida frenética na busca do assassino encabeçada principalmente pelo inspetor de Homicídios David Toschi (Mark Ruffalo) do Departamento de Polícia de São Francisco e seu parceiro, William Armstrong (Anthony Edwards).

Com mais de duas horas e meia de duração, o espectador é convidado, pelas lentes de Fincher, a percorrer as ruas de São Francisco e a visitar a redação do jornal em busca de pistas sobre o assassino. É preciso, claro, prestar bastante atenção aos movimentos dos suspeitos, pois no final o caso será solucionado. Fincher prova, mais uma vez, que suspense bom é com ele mesmo.

Além de investigação, o filme propõe um toque de bom humor, o que é bastante empolgante, pois quebra um pouco da seriedade e entretém a platéia. Com roteiro conciso, bem-amarrado e diálogos pertinentes, a fita também reúne personagens com personalidades definidas e bem-construídas. Jake Gyllenhaal, que ficou muito conhecido por seu personagem em “O Segredo de Brokeback Mountain“, encabeça o thriller. Robert Downey Jr. faz o repórter investigativo, que se afoga nos vícios, e vive embrigado, mesmo no começo da manhã. É dele que vêm as principais tiradas de sarro, que dão o toque especial à fita.

No 60º Festival de Cannes, que se encerrou domingo, 27 de maio, o thriller concorreu à Palma de Ouro, mas o vencedor foi o romeno “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”, do diretot Christian Mungiu.

 

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