Memória Cinematográfica

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O Último Rei da Escócia

tatianna 2 fevereiro 2007

Para contar a história de um ditador africano, Idi Amin, baseado no livro de Giles Foden, foi convidado um diretor de documentários, Kevin Macdonald (“Touching the Void”, “Um Dia em Setembro”). O longa-metragem “O Último Rei da Escócia” (“The Last King of Scotland”), estréia desta sexta, 2, já tem um grande respaldo. É que o filme está concorrendo ao Oscar de Melhor Ator, para Forest Whitaker, que já levou o Globo de Ouro na mesma categoria.

A história começa na Escócia, nos anos 1970, quando um médico, Nicholas Garrigan (James McAvoy), decide sair de seu país e, com um giro do globo em seu quarto, ele segue para Uganda.

Lá, ele conhece a médica Sarah Merrit (Gillian Anderson) e começa a trabalhar para ajudar aquele povo, que sofre com a falta de especialistas na área da saúde.

No entanto, após socorrer o presidente daquele país, Idi Amin (Forest Whitaker), e de o ditador saber que o médico é escocês, Nicholas é convidado a ser seu médico particular, a ter regalias e conforto oferecidos pelo governo. Baseado principalmente no carinho que Amin tem pela Escócia, ele transforma Nicholas em seu confidente e o moço presencia o lado negro do poder, que acredita que tudo é possível, desde conquistas materiais até seqüestros, atrocidades, violência contra quem o trai.

Sem violência gratuita, porém, o longa mostra algumas passagens sangrentas, ambição pelo poder, mas sem se esquecer das festas e dos problemas sociais dos países da África. O rapaz de cabelos claros e olhos azuis vive sem preconceito entre os negros, ama as mulheres africanas e inclusive tem um caso com uma das três esposas de Amin.

Ultimamente, aliás, o cinema tem mostrado alguns locais daquele continente. Rapidamente, lembramos do recente “Diamante de Sangue“, estrelado por Leonardo DiCaprio, que se passa em Serra Leoa. Outro filme é o dirigido por Fernando Meirelles, “O Jardineiro Fiel”, com retrato do Quênia.

Uma forma de apresentar ao mundo as dificuldades desses povos, mas sem se esquecer da realidade, como a exploração de diamante, de empresas de medicamentos e a dureza de um ditador cruel. Uma coisa é certa: Forest Whitaker, como Idi Amin, tem atuação brilhante e já vale o ingresso do cinema. O resto, é lucro na certa.

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