Não fosse pela pieguice do modo como as coisas acontecem, “Sorte no Amor” (“Just my Luck”), longa-metragem que estréia nesta sexta-feira, dia 9 de junho, até que poderia ser um bom filme.
Bom porque os atores têm uma química entrosada, porque o diretor consegue fazer boas cenas, porque chega a ser engraçadinho. A comédia romântica ainda funciona no cinema, principalmente às vésperas do Dia dos Namorados, mas o fato de o argumento ser a boa ou a má sorte que se alterna entre os protagonistas através do beijo na boca é que começa a fazer o espectador saltar da poltrona e pensar que se trata de fato de um filme bobo.
A história fala sobre Ashley Albright, vivida por Lindsay Lohan, que recentemente pôde ser vista em “Herbie: Meu Fusca Turbinado“. A moça, que trabalha em uma empresa de Relações Públicas e organização de eventos, é considerada um amuleto da sorte: em tudo que ela participa dá certo!
Totalmente o inverso está Jake Hardin (Chris Pine), que é o azar em pessoa. Ele, que trabalha como faxineiro em uma lanchonete que mistura pistas de boliche e shows de rock, está tentando empresariar a banda inglesa McFly, vivida por eles mesmos.
Em uma festa da gravadora de Damon Phillips (o hilário Faizon Love), os dois se conhecem e se beijam. Pronto! Já dá para entender daí pra frente o que vai acontecer com o restante da fita.
Dirigido por Donald Petrie (“Como Perder um Homem em 10 Dias”), o longa vai mostrando, em cenas alternadas, as diferentes ocasiões que os dois enfrentam. E depois, como tudo se inverte, já que ele passa a ter sorte e ela, azar.
Como também atuou em “Operação Cupido”, Lindsay mostra neste filme o seu crescimento como atriz, uma vez que este é o primeiro papel em que ela atua como adulta (mesmo tendo carinha de adolescente). Outra boa participação é a de Faizon Love, que faz o empresário do ramo musical que vai lançar a banda inglesa na terra do Tio Sam. Sua participação é fundamental, uma vez que ele incrementa a atuação de Chris. A banda dá o toque rock and roll para a trilha sonora.
Ambientado em Nova York, a película funciona pouco. Mas não assista ao trailer, pois o filme está todo resumido em cerca de dois minutos de propaganda.