Memória Cinematográfica

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Tudo por Dinheiro

tatianna 27 abril 2006

O ator Matthew McConaughey está se especializando em fazer personagens que aceitam apostas. Em um dos primeiros filmes que protagonizou e lhe rendeu fama em comédias românticas, “Como Perder um Homem em Dez Dias”, ele jurou que conseguia fazer qualquer mulher se apaixonar por ele. E fez.

Em “Tudo por Dinheiro” (“Two for the Money”), o mais novo queridinho de Hollywood também vem com apostas. O longa-metragem, que estréia nesta sexta-feira, dia 28 de abril, conta a história de Brandon Lang (McConaughey), um ex-jogador de futebol americano que começa a trabalhar em uma empresa que ajuda pessoas a realizarem apostas de jogos, uma vez que foi afastado dos campos por conta de uma contusão no joelho durante uma partida.

Eis que num belo dia o rapaz, que mora com os pais em Los Angeles, recebe a ligação de um bambambã lhe pedindo para que saia de lá e siga para a outra costa norte-americana (Nova York) com a finalidade de trabalhar em uma grande empresa do mesmo segmento. O empresário poderoso e ex-viciado em jogos, o sarcástico Walter Abrams, vivido muito bem por Al Pacino, detecta no jovem ex-quarterback uma habilidade para detectar os vencedores dos jogos e o transforma na chave para vender apostas em resultados de esportes, com quase 100% de acerto.

Quando começa a trabalhar, Brandon, que costumava usar os cabelos um pouco mais compridos e com a barba por fazer, conhece a esposa de Walter, Toni (Rene Russo), e os três se empenham em ganhar as apostas a cada semana. Toni, aliás, faz a mulher elegante, ex-viciada em heroína, que volta para casa com o intuito de cuidar da filha pequena.

Brandon se transforma em John Anthony, um executivo, que apresenta o programa de apostas na TV a cabo ao lado de Walter, dirige um Mercedes, usa gel nas madeixas e veste ternos bem cortados.

Dirigido por D.J.Caruso (“Roubando Vidas”), o roteiro é baseado em uma história real, mas foi mudado aos poucos, se tornando, a cada minuto da fita, previsível. A história do personagem de Al Pacino começa a mudar quando conhece Brandon e vê na família uma possibilidade de felicidade.

Do meio para o final, especificamente, o longa se torna cansativo e o roteiro insiste em fórmulas comuns: garoto sem emprego consegue uma oportunidade, mas perde a vida fora do escritório e depois de um sucesso vem o fracasso. Não fosse pelas tiradas de sarro de Al Pacino, que segura o filme o tempo todo, principalmente com sua atuação ímpar quando simula um enfarte dentro do aeroporto, a fita mal teria repercussão.

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