Memória Cinematográfica

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A Marcha dos Pingüins

O biólogo Luc Jacquet fez a lição de casa e resolveu filmar a vida dos pingüins imperadores na Antártida. Sorte nossa, porque foi a partir daí que nasceu o documentário “A Marcha dos Pingüins” (“La Marche de L’Empereur”), filme que estreou na última sexta-feira (13) nos cinemas brasileiros, depois de passar pelos Estados Unidos e se consagrar o filme francês mais visto pelos norte-americanos (antes o recorde era de “O Fabuloso Destino de Amèlie Poulain”).

Outra surpresa foi o longa-metragem ficar em segundo lugar na lista dos documentários mais vistos no mundo, só perdendo para o excelente e político “Fahrenheit 11 de Setembro”, do americano Michael Moore.

O longa não é, digamos, excelente, mas conquistou o público por conta das imagens maravilhosas e, principalmente, por se tratar de uma curiosidade. A vida dos pingüins da Antártida é mostrada durante um ano de vida deles.

Desde quando eles saem de um lado do gelo até quando atravessam o manto branco para procriar: é a marcha do amor.

Começando com “era uma vez”, a fita é narrada, na versão dublada, por Patrícia Pillar e Antonio Fagundes. Sempre enfileirados, o pingüins desfila sob suas casacas com um andar desajeitado e se jogam de barriga para deslizar no gelo.

Embora o conjunto inteiro favoreça, a narrativa peca pelo excesso de drama da vida dos pingüins. Outro ponto alto da fita é a trilha sonora interpretada por Émilie Simon (por algum momento pensei que fossem da islandesa Björk).

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