Memória Cinematográfica

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Beijos e Tiros

tatianna 1 dezembro 2005

Não tem nada de mais em “Beijos e Tiros” (“Kiss Kiss, Bang Bang”), longa-metragem dirigido pelo estreante Shane Black, que estréia nesta sexta-feira, dia 2.

A história é, na verdade, bastante manjada, com um ladrão que vira mocinho de cinema em Hollywood e pede ajuda a um detetive particular e gay. Mas, de certo modo, trata-se de um clichê que vale a pena viver. Black, que assinou o roteiro do thriller “Máquina Mortífera”, também assina este, baseado na obra de Brett Halliday.

Estrelado por Robert Downey Jr. no papel do bandido Harry Lockhart, é ele que faz a narração da fita e conta como foi parar em uma festa só de bacanas em Los Angeles.

Na verdade, ele estava fugindo da polícia e foi parar, sem querer, em um teste de atores. É a partir de então que ele se junta ao detetive Perry van Shrike (Val Kilmer), que tenta ensiná-lo algumas manhas.

A história muda de rumo, no entanto, quando ele se encontra com a amiga de infância Harmony Faith Lane (Michelle Monaghan), uma atriz que procura emprego e precisa de ajuda para resolver um mistério.

Downey Jr. consegue se sair bem no papel de ladrão de meia tigela, que depois se transforma no  cara do bem que tenta ajudar a amiga a descobrir o que há de errado com a sua irmã. O brutamontes Val Kilmer na pele de um detetive gay não chega a convencer muito, mas a dupla tira a platéia do sério em algumas passagens do longa.

Embora sem mistérios, Black supre a necessidade que pede a ação, sem deixá-la pesada, com correrias de perseguição. A abertura do filme também está impecável, quando começam a aparecer os primeiros créditos, tal como se fosse história em quadrinhos.

O estilo do filme noir policial contemporâneo mistura assassinato, sexo, mistério, com uma pitada de humor. Sem dúvida, uma boa sessão vespertina.

 

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