Memória Cinematográfica

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Sr. & Sra. Smith

Blockbuster tatianna 8 junho 2005

Imagine se você descobrir, cinco ou seis anos depois de casado, que a sua esposa (ou o seu marido) é o seu principal concorrente em seu trabalho secreto. “Sr. & Sra. Smith”(“Mr. & Mrs. Smith”), longa-metragem que estréia dia 10 nos cinemas, conta exatamente a história de um casal que trabalham em organizações rivais e são pagos para matar por encomenda e, mais tarde, um ao outro.

O filme, que traz o casal Jane (Angelina Jolie) e John Smith (Brad Pitt), não é uma comédia romântica com o novo casal de Hollywood, mas também não chega a ser pesado, cheio de sangue como os filmes de ação que Pitt estava acostumado a estrelar, como “Clube da Luta”, “Seven”, “Tróia”, entre outros.

A mistura é boa, na medida em que não entedia quem gosta de movimento, armas poderosas e equipamentos de última geração durante as trocas de tiros, tampouco faz os românticos fecharem os olhos nas cenas violentas (se é que pode-se classificar deste modo).

A trilha sonora, composta por John Powell (que participou da trilha de “Shrek”), é sincronizada com os movimentos, mas sem ficar piegas. Forçadas mesmo são as cenas de tiros entre o casal 20, já que os melhores atiradores da América se enfrentam e não conseguem acertar o alvo quando se trata deles mesmos.

O longa começa engraçadinho, quando os dois estão sentados em um consultório para uma típica terapia para casais. Lá eles contam ao profissional qual a nota que dão para o relacionamento atual, como é o sexo entre os dois e como se conheceram há cinco ou seis anos ou seja lá quanto tempo for.

Disfarçada e mentirosa o tempo todo dentro de casa, Angelina dá conta do recado tanto como uma boa atiradora como uma esposa exemplar, que explora a sensualidade sem ser vulgar (lição de casa fácil para a moça) e mostra que no fogão, bem, ela não pode ser boa em tudo. Já o galã Brad Pitt, que dispensa apresentações, consegue o equilíbrio entre o cômico e o profissional frio que mata por encomenda.

Dirigido por Doug Liman (“A Identidade Bourne”), a película é uma superprodução mas talvez renda bastante bilheteria por conta das estrelas, não exatamente pela ação. O blockbuster, na verdade, pode ser também que funcione com sua lição de moral no final como um tempero para acertar os ponteiros com a namorada (ou namorado) neste dia 12 de junho.

 

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