Memória Cinematográfica

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Cruzada

tatianna 7 maio 2005

Depois de tantos filmes épicos sobre a guerra pela honra ou a guerra pela guerra, “Cruzada”, novo filme de Ridley Scott (“Gladiador”), prega pela paz e pela fé. A luta entre cristãos e muçulmanos, como se vê, não é de hoje.

O longa-metragem que tem estréia mundial nesta sexta, dia 6, se passa no ano de 1186 e fala justamente da tomada de Jerusalém dos cristãos pelos muçulmanos e pela falta de fé que paira entre os homens. Não se trata, porém, de nenhuma história que prega qualquer tipo de religião. Longe disso. “Cruzada”, antes de tudo, valoriza os sentimentos dos homens pelos próprios humanos.

Os acontecimentos históricos são usados como pano de fundo por Scott, mas no longa ele aproveita para dar vida à luta entre os muçulmanos e cristãos pela Terra Santa que ocorreu há mil anos. Os vestígios, no entanto, permanecem até hoje. O cenário escolhido para recriar a França do século XII é a Espanha. Já para retratar a Terra Santa, as filmagens foram realizadas no Marrocos.

Para contar a saga de Balian (Orlando Bloom), um jovem ferreiro francês, o diretor foca suas atenções às Cruzadas, o confronto entre a Europa e o Oriente que durou 200 anos e transformou o mundo. É seu pai, Godfrey de Ibelin (Liam Neeson), num pedido de desculpas, que o encontra após tê-lo abandonado quando ainda era criança.

O momento não poderia ter sido pior (ou melhor), já que acontece depois do enterro de sua esposa, que se matou quando perdeu o filho que ia nascer. Desconsolado e desacreditado no mundo, Balian já não ouve a voz de Deus e decide ir atrás de seu pai numa viagem à Terra Santa.

Mas é numa emboscada que Godfrey é ferido e passa a seu filho a missão de manter a paz em Jerusalém. Hospitalário (David Thewlis) torna-se conselheiro do novo cavaleiro durante toda a viagem.

Em busca da fé, Balian vai rezar na colina onde Jesus foi crucificado. Quando chega a Jerusalém, se apaixona pela princesa Sibylla (Eva Green), irmã do rei Balduíno IV (Edward Norton), homem bom e justo, mas que vive por trás de uma máscara, pois está morrendo em virtude da lepra.

O líder dos sarracenos, Saladino (Ghassan Massoud), traz seu exército para dentro das muralhas de Jerusalém. Há confrontos e lutas, mas sempre sem explorar demais essas imagens. Balian, então, assume a responsabilidade de defender a cidade, transformando-a em uma fortaleza.

Tudo para que o povo se sinta seguro, como deveria ser o papel do líder.

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