Vencedor de quatro Oscar (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante), “Menina de Ouro”, de Clint Eastwood, mereceu todos os prêmios que levou na noite do cinema americano. Na trama, Frankie (Eastwood) é um treinador de boxe que não aceita meninas como alunas, mas a caipira Maggie (Hilary Swank) é insistente e começa a freqüentar a academia de boxe mesmo contra a vontade do treinador. E ela insiste porque precisa vencer na vida.
De família pobre do interior dos Estados Unidos, Maggie é garçonete em uma lanchonete da cidade e guarda os restos de comida que sobram nos pratos para levar para casa.
Mesmo rejeitada pelo dono da academia, ela é esforçada, corre para ganhar condicionamento físico e luta com homens. Scrap (Morgan Freeman), ex-lutador de boxe e que atualmente mora na academia, resolve dar uns toques à pugilista para que ela comece a ter resultados.
Depois de ser dispensado por seu principal lutador, Frankie resolve ajudar Maggie nos treinos temporariamente. E depois já se sabe, ele acaba convencido de que ela realmente tem um futuro promissor como lutadora. Inscreve-a em campeonatos e as glórias começam a aparecer.
Como diretor, Eastwood evolui visivelmente. E as cenas que envolvem o final surpreendente mexem com a platéia.
Comentários
O filme, no começo, me pareceu um tanto sacal, do tipo luta de boxe no sábado à noite. E isso ninguém agüenta. Porém, é do meio pro final que as cenas vão ficando mais densas e as interpretações da atriz vão se firmando, assim como as imagens do diretor que acompanham a dramaticidade da história. Quando eu saí do cinema, ouvi dizer no corredor assim: “a gente vem ao cinema pra se divertir e acaba deprimido”. Pode ser, mas sem dúvida foi o melhor filme do ano.