Memória Cinematográfica

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Coisa de Mulher

Nacional tatianna 17 fevereiro 2005

A primeira produção do SBT Filmes, a nova empresa do Grupo Silvio Santos, ainda não tem data marcada para a estréia, mas o longa-metragem “Coisa de Mulher”, dirigido por Eliana Fonseca, já está totalmente filmado e conta com grande elenco.

Em parceria com a Diler & Associados e a Warner Bros., a nova aposta do SBT vai investir em produções nacionais. O SBT não divulga o investimento da nova empresa, mas, para o filme, o orçamento gira em torno de R$ 4,8 milhões, entre produção e comercialização, conforme informa o produtor Diler Trindade.

A diretora e atriz Eliana Fonseca, que já havia dirigido curta-metragens, estreou na direção de longas para adultos apenas nesta produção (Eliana dirigiu “Eliana e os Segredos dos Golfinhos”). “Estava há quatro anos com o roteiro”, comenta ela durante entrevista coletiva concedida à imprensa nesta semana.

No elenco, além do experiente Evandro Mesquita no papel de Murilo (um colunista da revista feminina Clímax em crescente fracasso), estão a apresentadora Adriane Galisteu, Juan Alba, Daniel Boaventura, e as quatro integrantes do grupo “O Grelo Falante”.

A história acontece em diversas situações e tem bons motivos para ser um grande filme. Mônica (Suzana Abranches) é uma moça virgem aos 30 anos e tem o sonho de formar uma família. Já Graça (Cláudia Ventura) é uma mineira que larga o noivo no altar para ser empreendedora no ramo do sexo, e cria um acessório, o Ricardo III, para satisfazer todos os desejos das mulheres.

Quem investe no casamento é Catarina (Lucília Assis), mesmo sabendo que não tem mais jeito. E, depois de flagrar o marido na cama com outra, Dora (Carmen Frenzel) resolve entrar na justiça contra o marido em busca de uma pensão e acaba tendo um caso com o advogado (Juan Alba), um metrossexual que só pensa nele mesmo e em se cuidar. Pior que a traição, só mesmo sabendo que a danada da mulher não tinha uma celulite para contar a história. “O elenco deste filme é uma pedra preciosa. Esta é uma das vantagens”, garante Lucília.

Para atuar no longa, Adriane Galisteu recebeu o convite diretamente de Eliane e de Diler Trindade, que adorou logo de cara. “Foi a primeira vez que pisei num set de cinema”, comenta Adriane, após dizer que suas experiências como atriz aconteceram no teatro e na televisão.

“Com horários difíceis, tive que contar com a paciência da equipe e todo mundo foi muito legal comigo”, garante a atriz. Sua personagem, a Mayara, é uma mulher desesperada para engravidar, casada com o ginecologista Isaac (Daniel Boaventura), que não consegue ter relações sexuais com ela.

Eliana também atua como atriz. Ela é a lésbica Loreta, chefe de redação da revista para qual Murilo trabalha. Sem entender nada de mulher, Murilo (que assina como Cassandra na revista) resolve se mudar para o Edifício Atenas e conhece as moças outras quatro moças e só então começa a entender as cabeças femininas. É a partir daí que a sua coluna vira um sucesso e ele é entrevistado por Hebe Camargo (vivida por ela mesma).

Embora o filme tenha sido rodado no Rio de Janeiro, não existe nenhuma referência que prove o cenário. “Setenta por cento foi filmado em estúdio”, afirma Eliana. As externas foram feitas no bairro do Jardim Botânico (“lembra um pouco o bairro de Pinheiros, com prédio baixos”, diz Eliana), no Shopping Center, no Sex Shop, Cabeleireiro. “Sabe-se que é uma grande capital, mas não há leitura do Rio”, conclui a diretora.

Com um pouco do seriado americano de grande sucesso “Sex and the city”, o filme não foi inspirado nele. Eliana afirma que o roteiro já tinha começado a ser feito antes mesmo de o seriado ir ao ar. Sobre sua personagem gay, Eliana diz que é normal ser gay, assim como é normal não ser. E conclui: “Ser gay é coisa de mulher”, parodiando o nome do longa.

Comentários

É como se diz por aí, “não dá pra julgar o livro pela capa”, mas o que eu posso dizer que eu senti do elenco é que o público vai rolar de dar risada, uma vez que “O Grelo Falante” é conhecido como “as cassestas de saia”. Nunca vi uma performance da Adriane Galisteu no palco. Paulo Autran, como diretor, disse que ela é ótima. Bom, o resto é esperar pela estréia e ver qual é que é.

 

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