Memória Cinematográfica

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Sin City – A Cidade do Pecado

Estreia HQ tatianna 10 agosto 2005

É comum a indústria cinematográfica produzir filmes cujas histórias são extraídas de livros e quadrinhos. “Sin City – A Cidade do Pecado”, longa-metragem que estréia nos cinemas dia 29 de julho, é um desses.

Mais precisamente inspirado nas histórias de Frank Miller, um “Às” das revistinhas e autor de histórias como “300 de Esparta”, “Batman”, “Demolidor”, “Elektra Assassina”, entre outros.

Como é sua característica, a história foi para a telona também em preto e branco (como os filmes Noir dos anos 40) e só ganha cor quando aparece sangue (prepare o seu estômago para ver bastante este elemento) e também quando as mulheres perfeitas são retratadas como deusas com seus cabelos loiros sedosos, olhos verdes brilhantes e batons vermelhos sensuais. A gosma amarela do vilão Junior (Nick Stahl) também é vibrante, mais que hepática.

O longa é violento demais, pesado demais e fantasioso demais. Marv (Mickey Rourke) é o típico boneco dos gibis, com sua cara quadrada, fala grossa, porém com voz rouca. Com o intuito de honrar uma paixão roubada, já que Goldie (Jaime King) foi assassinada, e ele fará qualquer coisa para se vingar.

Bruce Willis, o eterno Duro de Matar, também faz parte do elenco como o policial John Hartigan que procura a justiça e vai a favor da lei, principalmente quando se trata de Nancy (Jessica Alba), uma garotinha de 11 anos que ele salvou e depois que foi libertado, oito anos mais tarde, a reencontra, mas agora adulta e mais mulher do que nunca com seu trabalho de stripper na cidade perigosa.

Quem manda, na verdade, não é a máfia ou os policiais. As prostitutas, sempre sexy, vestindo meias arrastão, fio dental e com olhos pintados sempre com lápis preto, tomam conta e defendem o local como se fossem seus.

Além de Frank Miller, o longa é dirigido por Robert Rodriguez, com participação especial de Quentin Tarantino. Os diálogos, aliás, são sempre curtos, e na maior parte do tempo há narradores em primeira pessoa.

Cada hora um, já que o filme é formado por três contos. Todos, porém, têm o foco em corruptos, pessoas ávidas por poder e também daqueles que confrontam para ter seus valores morais preservados e garantidos. Aqui não há super-heróis; há muita violência, garotas em busca de sexo em troca de dinheiro e a escuridão da noite.

A película tem cara de desenho, mas como as histórias só acabam quando terminam, é preciso ficar duas horas enterrado na poltrona esperando que o bem vença. Porém, apenas se você tiver vontade, porque melhor mesmo é ler os gibis e deixar a sua imaginação tomar conta.

Comentários

Eu não gostei de “Sin City”, sinceramente. Acho que cada arte tem a sua linguagem própria, por isso HQ e cinema não se misturam. Aliás, levar os quadrinhos para o cinema pode render um bom roteiro, agora levar o modo como é feito, filmado e construído aí é outra história.

 

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