Memória Cinematográfica

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O Voo

Estreia Globo de Ouro Oscar 9 fevereiro 2013

Sexo, drogas e manche do avião são itens que não combinam. Em “O Voo” (“The Flight”), o piloto do avião vivido por Denzel Washington (“Sob o Domínio do Mal”) passa por problemas durante um destino dentro dos Estados Unidos. A questão maior é o mau tempo e as condições da própria aeronave, que apresenta problemas nos seus motores.

Isso não teria sido problema para o piloto, que tem experiência, está com os seus documentos em dia e fez o melhor que podia para salvar a maioria dos passageiros.

O que acontece, porém, é que, quando é levado ao hospital, exames acusam que o profissional usou cocaína e ingeriu bebida alcóolica antes do voo.

Então, o drama de um voo inteiro passa a ser exclusivamente o comportamento do piloto.

As cenas do acidente do avião são bem filmadas. O espectador consegue sentir (na pele) o drama vivido pelo personagem. E a história é contada de maneira que a plateia se envolve com os problemas do piloto. Ele se droga, se embebeda, briga com a família, mas ao mesmo tempo consegue ter reação extraordinária do perigo. O que, é claro, não justifica o seu comportamento enquanto está trabalhando e tem a vida de diversas pessoas em suas mãos enquanto está no ar.

A fita vai bem durante boa parte de sua projeção. No entanto, o diretor Robert Zemeckis (“Náufrago”) peca quando decide adotar uma postura moralista. Não que deva fazer apologia às drogas, mas o final que segue os itens da moral e dos bons costumes destoam do desenvolvimento do filme e apresenta uma história que poderia ser melhor.

Talvez se “O Voo” tivesse terminado minutos antes, esse problema teria sido evitado. E os espectadores sairiam mais satisfeitos da sala de cinema.

Por sua atuação, Washington recebeu indicação ao Oscar de Melhor Ator. Outra indicação é a de Melhor Roteiro Adaptado.

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