Memória Cinematográfica

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Camisa de Força

tatianna 21 junho 2006

Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o sargento da Marinha americana Jack Starks (Adrien Brody) é baleado na cabeça e perde a memória em decorrência do traumatismo. Acusado de assassinato, Starks é encaminhado a um hospital psiquiátrico, pois   é declarado doente mental.

“Camisa de Força” (“The Jacket”), longa-metragem dirigido por John Maybury (“Love Is the Devil”) que chega direto em DVD neste mês, mostra o que acontece com este cidadão sem família e sem rumo que fica trancado em um hospital e se submete a tratamentos experimentais à base de drogas pesadas.

Enquanto isso, é observado por médicos como Thomas Becker (Kris Kristofferson), que, após injetar a droga no paciente, tranca-o em uma gaveta de necrotério sob uma camisa de força.

Antes de ir para o hospital, porém, ele socorre o carro quebrado de Jean (Kelly Lynch), que está bêbada e com uma filha, a pequena Jackie (mais tarde vivida pela bela Keira Knightley, que recentemente pôde ser vista em “Orgulho e Preconceito“, papel que lhe rendeu a indicação ao Oscar de Melhor Atriz).

Mas é enquanto Jack conserta o carro, que a menina pede a ele sua identificação – que carrega no pescoço desde os tempos da Guerra (no decorrer do filme, esta será uma peça importante para a memória de Jack, como é de se prever).

O roteiro oferece diálogos curtos e imagens escuras, principalmente quando ele está trancado na gaveta se esforçando para se lembrar de tudo o que aconteceu em sua vida. É em cenas como esta que flashes aparecem e os cacos podem ser reunidos até a conclusão do enigma. O fato é que ele está em 2007 e precisa se recordar do que aconteceu em 1992.

Ao mesmo tempo que a fita propõe um suspense cheio de mistério, há um thriller misturado com romance e esperança. A mudança drástica das imagens favorece a tensão e a ansiedade do espectador em descobrir o que está acontecendo, mas as peças só se encaixam mesmo quando chega o final, e todo o mistério é desfeito. Uma experiência pela qual todo mundo pode (e deve) passar.

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