O questionamento, em minha mente, não é novo. Quando sei de alguma morte, por exemplo, fico imaginando se realmente a pessoa está morta antes de ser enterrada. É para isso que servem os velórios, minha mãe uma vez me esclareceu. E daí vem um filme com este título…
A outra pergunta foi: Será que Rodrigo Cortés, diretor da fita, consegue se virar em uma hora e meia de filme para contar essa história com apenas uma personagem? A resposta, você confere nas próximas linhas.
Não assisti ao filme no cinema, embora ele tenha sido exibido no Brasil. Somente me rendi ao DVD antes de ver “127 Horas” (filmaço, por sinal), na ocasião do Oscar, já que a fita concorria ao prêmio. Só agora me dei conta que não havia registrado aqui.
Na trama, um motorista de caminhão, Paul Conroy (Ryan Reynolds, de comédias românticas como “A Proposta” e “Três Vezes Amor”), acorda depois de ter sido enterrado vivo em um velho caixão de madeira. Ao se deparar naquela situação, se dá conta que possui um telefone celular (com sinal precário) e um isqueiro (para enxergar), de modo a tentar descobrir onde está e quem o colocou ali.
Tudo o que ele lembra é que está no Oriente Médio a trabalho e tenta falar com a sua família, nos Estados Unidos, para que alguém lhe socorra. Ou que o governo norte-americano o ajude, já que precisa que seja pago um resgate.
O filme consegue manter o espectador ligado a fim de descobrir o que ele está fazendo ali e se vai superar a escassez de oxigênio, mesmo estando a alguns palmos abaixo da terra.
Definitivamente, o ator mostra todo o seu desespero e prende o espectador até o minuto final. Ah, sim, Cortés, com a câmera nervosa, um único cenário e personagens que só aparecem por intermédio de suas vezes, obtém sucesso com seu drama.