Memória Cinematográfica

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Notas Sobre um Escândalo

Oscar tatianna 8 março 2007

Amor fora do casamento é um dos temas de que trata o longa-metragem “Notas Sobre um Escândalo” (“Notes on a Scandal”), estréia desta sexta, 2.

Quando vai ensinar artes em uma escola da cidade, a professora Sheba Hart (Cate Blanchet) muda toda a rotina da instituição e a vida da veterana e dominadora Barbara Covett (Judi Dench). A professora, que vive sozinha na companhia de um gato, se coloca a escrever histórias picantes em seu diário e vê na novata uma amiga que sempre buscou.

A amizade começa quando Barbara vai jantar na casa de Sheba e conhece seu marido (Bill Nighy), anos mais velho, e seus dois filhos. Porém, a professora de arte é seduzida (!) por um aluno de 15 anos, Steven (Andrew Simpson), e sua história pode ficar perigosa.

A fita é dirigida por Richard Eyre (“A Bela do Palco”) e tem roteiro assinado por Patrick Marber (“Closer – Perto Demais“), baseado no romance de Zoë Heller, que concorreu ao Oscar 2007 na categoria Melhor Roteiro Adaptado, mas perdeu para “Os Infiltrados“.

Embora seja uma história de amor muito bonita (e o espectador vai descobrir aos poucos outros amores), soa um pouco falsa a idéia de uma mulher casada e com dois filhos se envolver com um aluno menor de idade, que ainda está se descobrindo. O assédio da imprensa – quando descobre o escândalo – também mostra a invasão na vida da professora, por manter um relacionamento com um aluno.

A interpretação ímpar de Cate é um dos pontos altos, assim como a presença de Jude. As duas, aliás, concorreram aos Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Atriz, respectivamente, mas nenhuma das duas levou (talvez uma das muitas injustiças da Academia).

O suspense psicológico mexe com o espectador à medida que o faz pensar sobre as escolhas da vida. Mentira e traição fazem parte dos pensamentos de muitos casais, que motivados pela rotina do casamento, podem optar por um relacionamento paralelo.

O que talvez alguns se esquecem é que há muitas pessoas envolvidas em cada “passo falso” que um dos membros da família dá. Pior quando o deslize passa a ser motivo de chantagem. Ao final, quando sobem os créditos, cada um pode pensar sobre o rumo da personagem, mas o filme com certeza não vai mudar a vida real dos presentes na platéia.

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