O quebra-cabeça está completo. Após 28 anos da exibição do primeiro episódio de Star Wars (“Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança”), foi revelado o motivo pelo qual o terrível Darth Vader migrou para o lado sombrio da Força e deixou de ser um Jedi. “Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith”, de George Lucas, mostra como tudo aconteceu e qual é o real motivo desta mudança de personalidade.
O novo filme também começa com a célebre frase: “Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante…”, e com o letreiro na horizontal acompanhado da trilha sonora impecável criada por John Williams.
Mas a história gira mesmo em torno de Anakin Skywalker (Hayden Christensen), que nos dois primeiros episódios tem cara de bonzinho e é um ótimo aprendiz do mestre Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor). Na terceira parte da obra, no entanto, ele vai mostrar um pouco sobre o seu medo.
É a hora de o pupilo enfrentar o mestre. Mesmo já sendo Darth Vader, Anakin só assumirá a célebre máscara após a luta contra Kenobi, um dos momentos mais esperados pelos fãs de Star Wars.
Na primeira parte, “Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma”, os mestres Mace Windu (Samuel L. Jackson) e Yoda (voz de Frank OZ), aquele ser digital, verde e que fala as frases sempre na ordem indireta, já haviam cantado a bola sobre aquele que seria o Escolhido. Na época, o receio era treinar uma pessoa que tinha ódio dentro de si, característica que não poderia existir em um Jedi.
Se todos os episódios anteriores surpreenderam o espectador devido aos efeitos especiais, neste ninguém se decepcionará. Com os avanços da tecnologia, a película, toda filmada digitalmente em um estúdio na Austrália (escolha que economizou 30% no orçamento), conta com 2.200 efeitos em duas horas e meia de duração.
Além de percorrer 10 planetas, o novo longa-metragem conta com cinco mil naves espaciais na batalha de abertura. Os dróides, aqueles robôs que se multiplicam a cada capítulo, ganham mais personalidade e ajudam os personagens em suas enrascadas.
Além dos Cavaleiros Jedi, é a senadora Padmé Amidala, vivida por Natalie Portman (a mesma que concorreu ao Oscar por “Closer – Perto Demais“), que desenvolve (e bem) o papel mais importante na trama, uma vez que ela é a peça-chave para a repentina mudança de Anakin para o lado das trevas. Outro papel importante é desenvolvido pelo chanceler Palpatine (Ian McDiarmid), que convence muito bem sua atuação.
“Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith” não é só bom porque desvenda o mistério criado em 1977. A parte final da obra é boa porque a trilha sonora se encaixa perfeitamente ao contexto; porque humaniza os personagens; porque faz com que o amor fale mais alto (sim, embora seja acompanhado por um bocado de ganância).
