Depois de “Contágio” alertar sobre os perigos de uma gripe que criou pandemia em várias cidades do mundo, o diretor Steven Soderbergh volta ao tema saúde no longa-metragem “Terapia de Risco” (“Side Effects”), cuja estreia nos cinemas está apontada para esta sexta-feira, 17.
Um crime acontece no apartamento em Nova York onde vive Emily (Rooney Mara, de “A Rede Social” e “Millenium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres”). O corpo estendido no chão é de seu marido, Martin (Channing Tatum, de “GI Joe”). Corta. E volta pro início da história, que é contada de modo não linear.
Martin acabou de sair da cadeia após quatro anos preso por revelar um segredo da corporação na qual trabalhava. E Emily, em depressão, tenta suicídio enquanto é tratada pelo psiquiatra Jonathan Banks (Jude Law, de “Sherlock Holmes”, “My Blueberry Nights”). Antes, porém, seu tratamento era feito por outra médica, Victoria Siebert (Catherine Zeta-Jones, de “Chicago”).
A tal terapia de risco na qual o título se refere, ou efeitos colaterais, na tradução livre do nome original, é contra a depressão e o uso do medicamento novo no mercado. Assim como em “Contágio”, o longa discute as ações da indústria farmacêutica, a pressão do mercado, os lançamentos de novos medicamentos, a responsabilidade dos médicos no tratamento e na relação com o paciente.
“Terapia de Risco” é um drama empolgante, com uma pitada de suspense, que garante diversão e curiosidade da plateia do começo ao fim.