O que se pode esperar de um fime como a superprodução “Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo” (“Prince of Persia: The Sands of Time”)? Pois bem, sem expectativa nenhuma de assistir a um longa-metragem que mudaria a minha vida (!), fui vê-lo, aqui em Paris.
Trata-se de um filme épico (tal como “Alexandre“, “Tróia” etc.) ambientado na mística Pérsia, mas baseado em um jogo de videogame. Isso, porém, só vim a descobrir depois. Confesso, portanto, que ignoro esse nicho.
Pois bem, na trama, um príncipe guerreiro, vivido por Jake Gyllenhall (de “O Segredo de Brokeback Mountain“), une forças com a princesa (Gemma Arterton) e, juntos, lutam para salvaguardar uma antiga adaga capaz de libertar as Areias do Tempo − um dom dos deuses que dá à pessoa que o possui o poder de controlar o mundo.
Com uma sinopse dessas, baseada em mitologia, não há nada o que falar sobre a narrativa, tampouco sobre a interpretação dos atores, que inclui ainda Alfred Molina. Pois, a meu ver, nada pode ajudar a salvar a obra. No entanto, a apelação vai para as imagens. Aí sim o diretor Mike Newell (de “Harry Potter e o Cálice de Fogo“) utiliza suas lentes para mostrar Marrakesh e outras cidades no Marrocos, assim como abusa dos efeitos especiais e usufrui visivelmente do orçamento que ultrapassa os US$ 200 milhões. Afinal de contas, essa história de controlar o mundo nunca convenceu ninguém. Nem no cinema.