Mais que pelo conjunto, “As Duas Faces da Lei” (“Righteous Kill”), longa-metragem que estréia nesta sexta, 10, vale ser visto pelo elenco. Isso porque o filme traz Robert De Niro e Al Pacino nos papéis principais. Os dois, aliás, estão à vontade na tela, aparentam se divertir e podem ser considerados parceiros (já trabalharam juntos, por exemplo, em “O Poderoso Chefão II”), não apenas na trama que será vista, como também na vida, já que ambos passearam juntos como bons amigos pelas ruas de Paris, conforme pôde ser observado para a divulgação do longa no Velho Continente.
É possível dizer, inclusive, que os atores estão mais à vontade que o diretor, Jon Avnet (de “88 Minutos”, estrelado, aliás, por Pacino), já que ele está mais acostumado a dirigir programas de televisão que cinema.
“As Duas Faces da Lei”, pois, é um longa cheio de ação e mistura drama e mistério envolvendo dois policiais (De Niro e Pacino), que trabalham no Departamento de Polícia de Nova York. Ambos são chamados para investigar o assassinato de um cafetão, que parece ter ligação com um caso resolvido por eles anos atrás. O serial killer em questão é procurado porque, quando efetua um crime, deixa um poema cheio de rimas junto do corpo, justificando o assassinato.
Cercados por outros policiais, os investigadores precisam driblar outros problemas, já que há a suspeita de que o autor dos crimes seja um policial.
Repleto de piadas, principalmente vindas do personagem de Pacino, o longa é também cheio de tiroteio e drogas envolvidas. Embora demore a desenrolar, o filme, a certa altura, prende o espectador, que se vê interessado em desvendar, ao lado dos policiais, os crimes cometidos pelo assassino.
Este não é o melhor filme de ambos, mas o que se vê, aparentemente, é que eles não têm mais o que provar ao público, aos diretores ou a si mesmos. Portanto, a nova ordem agora é a diversão. Na tela e na platéia. No mínimo, um bom programa para admirar os dois bons amigos, ou melhor, dois atores.