Filmes de ação geralmente são perigosos porque podem ficar ou ruins ou serem bem-feitos. Não existe meio termo. Para contar a história de Jason Bourne (Matt Damon), no terceiro filme da série, “O Ultimato Bourne” (“The Bourne Ultimatum”), longa-metragem que chega ao país nesta sexta-feira, dia 24 de agosto, foi escalado novamente o diretor Paul Greengrass, o mesmo do ótimo “Vôo 93”, sobre a tragédia de 11 de setembro.
Desta vez, Greengrass posiciona muito bem as suas câmeras e fala como Jason, após ter mudado sua identidade e visto sua namorada morrer na Índia, respectivamente em “A Identidade Bourne” (2002) e “A Supremacia Bourne” (2004), vai ter de se safar das buscas da CIA, a central de inteligência americana, por diversas cidades do mundo. Em flash-back, algumas cenas dos longas anteriores são passadas para o espectador se recordar e justamente provar a ligação.
Com a câmera na mão, Greengrass mostra a correria das perseguições, os tiros que saem dos aparelhados agentes da CIA, comandados principalmente pelo chefe Noah Vosen (David Strathairn). A música composta por John Powell (“I am Sam”) não pára, mas dá uma brecha ao som vindo dos socos e das pancadas durante as lutas. No final, a banda Moby dá uma canja.
Uma das buscas de Bourne é novamente a lembrança de sua verdadeira identidade e a descoberta sobre quem o ensinou a matar. No entanto, ele descobre que está sendo alvo das buscas quando lê um artigo no jornal e diz ao repórter que escreveu a nota que “isso não é uma história no jornal, é real”, quando os dois precisam correr. Então, ele passa por Moscou, Paris, Madri, Londres e Tangier, no Marrocos, até retornar a Nova York, definitivamente. Durante as viagens, os personagens passam por cartões-postais, se perdem na estação londrina de Waterloo quando fazem o trajeto de Eurostar entre Paris e Londres, homenageiam Nova York quando a câmera foca o local onde estavam as Torres Gêmeas.
Em diversos momentos ele conta novamente com a ajuda da agente Nicky Parsons (Julia Stiles), que se arrisca para salvar o rapaz.Baseado no romance de Robert Lundlum, o desafio da continuação do thriller de espionagem foi cumprido com sucesso, principalmente no ritmo, que é regular e extremamente rápido. O filme não deixa o espectador pensar, mas faz com que o personagem pense o mais rápido possível por todos e tenha soluções inusitadas e acertadas durante toda a fuga.
Quando se pensa que a narrativa de Tony Gilroy e Scott Z. Burns vai perder a mão, eis que a idéia ressurge do fundo do oceano, com excelente estilo!Entre os três filmes da série, “O Ultimato Bourne” é o que mais explica e o que melhor convence. Sorte do público!
agosto 25th, 2007
Mais uma vez lhe dou os Parabéns, Tatianna! Seu Blog está cada vez melhor!É isso aí!!Acho também muito bons seus comentários no Guia da Semana!