Memória Cinematográfica

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Totalmente Apaixonados

Estreia 7 junho 2007

No intervalo de grandes lançamentos do cinema, que teve “Homem-Aranha 3” e “Piratas do Caribe – No Fim do Mundo“, em seqüência, e antes da animação “Shrek Terceiro” (com estréia em 15 de junho), que devem ocupar uma enorme parte das salas de cinema, o feriado de Corpus Christi reservou espaço para filmes menores, mas não menos importantes.

“Totalmente Apaixonados” (“Trust the Man”), ao contrário do que o nome sugere, não tem nada de piegas. Trata-se de uma comédia romântica, mas com elementos trágicos que envolvem os casais de todas as épocas, que vai fazer boa parte da platéia refletir sobre os seus verdadeiros anseios.

O mote principal da fita escrita e dirigida por Bart Freundlich é mostrar as angústias de casais e as diferentes reações do homem e da mulher em uma mesma situação. Sua inspiração, aliás, foi na comédia de Woody Allen “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, de 1977, e os desencontros de sentimentos e desejos que permeiam os casais.

O cenário é Nova York. Lá, vive Rebecca (Julianne Moore) e seu marido Tom (David Duchovny). Ela, uma atriz de sucesso no cinema, que resolve fazer uma peça no teatro, e ele, um publicitário, mas que abandonou seu trabalho para cuidar das crianças em casa.

O outro casal é formado pelo irmão mais novo de Rebecca, Tobey (Billy Crudup) e por Elaine (Maggie Gyllenhaal). Ele, um trintão que não faz nada na vida, a não ser mudar o carro de estacionamento e falar da morte (!); ela, uma escritora de livros infantis em início de carreira. Os dois namoram há oito anos e, como era de se esperar, ela quer se casar e ter filhos e ele nem pensa nesta possibilidade (ao menos por enquanto).

Além do drama vivido por Elaine, Tom também vive o seu: se diz viciado em sexo. E todas as vezes que procura sua esposa para transar, recebe cartão-vermelho. Era de se esperar, pois, se não há diálogo, que ele vá procurar saciedade em outros braços. Esta é a parte previsível do filme. A outra parte, nada previsível, são as seqüências de cenas hilárias que animam e envolvem o espectador.

Freundlich acompanha com sua câmera os personagens pelas ruas da cidade, dentro de suas casas, e leva o espectador a conhecer a intimidade de todos. O filme não é pretensioso, e talvez esta seja uma das suas maiores virtudes. Ele apenas mostra o que quer: contar uma história cômica, com personagens bem-construídos, que faz muita gente na platéia se identificar.

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