Memória Cinematográfica

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Lady Vingança

tatianna 11 maio 2007

De uns tempos pra cá, os filmes asiáticos têm ganhado destaque no mercado cinematográfico. Exemplo disso é o bem-recebido “Oldboy” (2003), do sul-coreano Park Chan Wook. O longa-metragem, aliás, faz parte da Trilogia da Vingança, proposta pelo diretor, iniciada com “Sympathy for Mr. Vengeance”, lançado em 2002, mas que nunca chegou ao Brasil.

Segundo ele mesmo, a idéia é, com os filmes, atacar o conflito de classes dentro do seu país.

Nesta sexta-feira, 11 de maio, estréia em São Paulo, com dois anos de atraso, o terceiro filme: “Lady Vingança” (“Sympathy for Lady Vengeance”), que data de 2005 e naquele ano venceu o Festival de Veneza.

No longa, é a vez de o espectador conferir uma mulher heroína. Geum-ja (a bela Lee Young-ae) foi presa por ter seqüestrado e assassinado um menino de seis anos. Durante 13 anos na cadeia por um crime que ela não cometeu, Geum-ja maquinou como se vingaria do ex-professor de inglês, Baek (Choi Min-sik), responsável pelo seu erro.

As imagens mostram os seus dias na prisão, como se transformou em uma moça doce perante as outras detentas, a tentativa de reconciliação com a filha, que foi adotada por uma família australiana.

A câmera de Park Chan Wook se alterna entre momentos de nervosismo e tensão e planos amplos, estáticos, mas sem o cuidado de ser sutil. Sutileza, aliás, não existe nos longas deste festejado sul-coreano. Ele vai direto ao assunto, sem rodeios. Apresenta os personagens, vai contando a história aos poucos, mostra cenas em flash-back para complementar, mas sem ser cansativo.

A história fala de crime, dor, vingança, revanche. Como em “Oldboy”, o sangue é um elemento que está presente em diversas cenas. Por isso, prepare o seu estômago antes de se dirigir à sala de cinema. O esforço com certeza vale a pena.

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