Memória Cinematográfica

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A Estranha Perfeita

tatianna 12 abril 2007

Quem assiste ao trailer de “A Estranha Perfeita” (“Perfect Stranger”) tem a impressão que o longa-metragem, que estréia nesta sexta-feira, 13, vai falar apenas sobre encontros amorosos e traições que acontecem por intermédio da internet. A impressão continua durante um bom tempo de exibição, mas a fita é muito mais do que isso (o que não significa que seja melhor).

O filme, dirigido por James Foley (“Confidence – O Golpe Perfeito”), conta a história da repórter investigativa Rowena Price (Halle Berry, de “X-Men – O Confronto Final“).

Ela, que acaba de perder o emprego em um importante jornal nova-iorquino por ter tido uma matéria censurada (denúncia de um dos senadores americanos), descobre que o assassinato de sua amiga pode estar relacionado com o publicitário renomado Harrison Hill (Bruce Willis). Para desvendar o mistério, ela conta com a ajuda de Miles Hailey (Giovanni Ribisi), um colega do jornal que sabe tudo de informática.

Os dois, então, inventam pseudônimos para acessar uma sala de bate-papo da internet e também para Rowena se passar por uma funcionária temporária na empresa de Hill.

O thriller psicológico não prende a total atenção do espectador, pois o roteiro é frouxo, na medida em que vai muito de um lado para o outro e não se aprofunda em nada. A história da moça assassinada não é contada, de modo que o espectador não torce para o mistério ser desvendado. Com tantas indas e vindas, o longa é cansativo e não apresenta subsídios importantes para a continuidade da trama.

Bruce Willis, que neste ano estará em “Duro de Matar 4.0“, não tem carisma como conquistador, e o seu personagem exige isso. Os diálogos no chat pela internet são toscos e previsíveis. Já a esquizofrenia dos outros personagens só é desvendada ao final, com algumas cenas em flash-back. Bem que a história poderia ter sido melhor desenvolvida.

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