Memória Cinematográfica

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Déjà Vu

tatianna 18 janeiro 2007

Já faz tempo que, no cinema, existe uma nova forma de contar histórias. Aquele jeito linear, com começo, meio e fim na seqüência ainda existe, mas outros modos estão em alta. Só pra citar os mais novos, basta lembrar do recente e ótimo “Mais Estranho que a Ficção“, de Marc Forster.

“Babel” também apresenta uma nova maneira de contar boas histórias (assim como os seus antecessores “Amores Brutos” e “21 Gramas”). “Déjà Vu”, estréia desta sexta-feira, dia 19 de janeiro, apresenta uma nova maneira em seu roteiro, que deixa o espectador atendo para entender o que está acontecendo.

Aliás, no início do longa-metragem, a pergunta é sempre a mesma: o que está acontecendo? O começo demorado da ação, até que aconteça a primeira explosão, apresenta um pouco de tédio na sala de exibição. O mesmo ocorre durante uma longa discussão entre os personagens quando um tenta explicar ao outro o funcionamento das câmeras que terão papel essencial no decorrer da trama.

A sensação de déjà vu, aquele lampejo de memória quando conhecemos uma pessoa e achamos que já a conhecemos (ou uma situação pela qual já achamos ter passado), é o tema do longa dirigido por Tony Scott (“Chamas da Vingança”). O agente da Agência de Tabaco, Álcool e Armas de Fogo, Doug Carlin (Denzel Washington), é designado para desvendar uma explosão realizada por um terrorista em uma balsa de Nova Orleans.

Contada de trás pra frente, a história começa a ser desvendada por Carlin quando ele descobre ligação emocional com Claire Kuchever (Paula Patton). É principalmente por causa de sua vida que Carlin e seus colegas Denny (Adam Goldberg) e o agente Pryzwarra (Val Kilmer) trabalham sem parar. De certa maneira, eles vão tentar mudar o curso de toda uma história e salvar centenas de vidas inocentes.

No final, até que a trama surpreende, pois possui roteiro bem amarrado e que reconstrói a história de maneira eloqüente. Porém, até que se chegue lá, é preciso um pouco de paciência. Enquanto isso, discussões prolongadas e desnecessárias são desenvolvidas por alguns personagens e com leves toques de humor. Neste caso, a participação de Adam Goldberg, com suas sátiras ásperas já conhecidas, poderia ser melhor aproveitada.

Jim Caviezel, como o terrorista Carroll Oerstadt, cumpre seu papel de fanático e patriota, tão bom quanto sua atuação no esquecível “A Paixão de Cristo“.

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