Depois de uma grande parceria, a Disney adquiriu a Pixar, empresa de animação responsável por sucessos como “Vida de Inseto”, “Monstros S.A.“, “Procurando Nemo“, além de “Toy Story“, um dos primeiros longas-metragens da categoria que colocou a animação no caminho do sucesso e abriu as portas para os outros.
Desta vez, John Lasseter dirige “Carros” (“Cars”), história do carro de corrida McQueen (com voz de Owen Wilson na versão original), um corredor estreante que morre de vontade de crescer, aparecer e conseguir um bom patrocinador.
O lance é que, como todo novato, ainda tem muito que aprender. E neste caso, ele aprende com a vida, quando está perdido a caminho da Califórnia e vai parar na pequena cidade de Radiator Springs, localizada na famosa Rota 66. Lá, ele corre da polícia e destrói a estrada. Assim, só poderá sair quando terminar de refazer o asfalto.
Entretanto, é nesta vida cheia de surpresas que ele conhece Mate (voz do comediante Larry the Cable Guy), um carro-guincho enferrujado, caipira e que sabe muito sobre o valor de uma verdadeira amizade.
Outro personagem que influencia na sua personalidade é o velho Doc Hudson (com voz do veterano Paul Newman e Daniel Filho na versão brasileira), um carro 1951 com um passado enigmático e que, no decorrer da fita, vai ter muito que ensinar ao jovem camarada.
Mas é em Sally que ele está interessado. A promotora da justiça que o condena, uma Porsche 2002 (Bonnie Hunt e Priscila Fantin), tem uma linda tatuagem tribal na traseira e vai levá-lo a um passeio na redondeza da cidade que vai mudar completamente a visão que ele tem de tudo.
Em um mundo onde só existem carros (falantes, é claro), onde até as moscas têm rodas, “Carros” promete encantar não apenas as crianças, mas os adultos também, principalmente os que são apaixonados por essas máquinas, que esperam as manhãs de domingo para assistir a uma boa corrida, e o melhor: que vai gostar de ver uma animação bem feita e bem cuidada como é esta, com personagens marcantes, que têm história para contar e que fazem o espectador se envolver completamente.
A moral da história, ao final, versa sobre o engrandecimento de valores como a amizade, boas maneiras, companheirismo e respeito sobretudo pelos mais velhos, sem abrir mão das brincadeiras e tiradas de sarro que envolvem gírias veiculares.
Ah, sim, ao final, quando os créditos vão subindo, ainda há mais histórias e referências principalmente aos outros filmes da Disney/Pixar. Hora de ver como seria Buzz Lightyear se ele fosse um carro!