Memória Cinematográfica

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King Kong

Blockbuster tatianna 15 dezembro 2005

A lista dos blockbusters mais esperados do ano está completa. Depois de estréias como “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, “As Crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa”, o remake de “King Kong”, estréia desta sexta, dia 16 de dezembro, fecha 2005 com chave de ouro.

Dirigido, escrito e produzido pelo neozelandês Peter Jackson, o longa-metragem era esperado não apenas pelos fãs de Kong, mas pelo próprio cineasta, que queria ter filmado este antes de fazer a trilogia “O Senhor dos Anéis“.

Como o estúdio não quis bancar na época, agora, porém, a Universal desembolsou cerca de US$ 20 milhões para ter a fita comandada pelo diretor vencedor de três Oscar.

Ora, se o primeiro filme foi rodado em 1933, logo após a Grande Depressão quando os nova-iorquinos ainda estavam se reerguendo, é óbvio que 75 anos depois os recursos digitais se voltariam em favor da arte. E é verdade.

Agora em versão colorida, “King Kong” é tão real quanto qualquer outro gorila a que assistimos no Discovery Channel.

Interpretado por Andy Serkis (o mesmo que fez Gollum na trilogia), que teve os seus movimentos capturados com ajuda de computação digital (mo-cap) após analisar os macacos da raça silverback, o gigante se mostra muito mais ativo e com traços originais do que no outro longa.

Jack Black faz o papel do jovem e ambicioso cineasta Carl Denham, uma espécie de Orson Welles que insiste em levar para a telona a história de animais e, para isso, embarca no navio Ventura rumo a Cingapura com o intuito de filmar a vida de selvagens.

Para tanto, ele leva consigo, entre outros, o dramaturgo Jack Driscoll (Adrien Brody) e a bela Ann Darrow (Naomi Watts). Mas os planos são mudados no meio do caminho e eles vão parar na Ilha da Caveira, um lugar assustador, que abriga seres estranhos e que vivem para proteger o reino de Kong.

Do outro lado do muro está a fera gigante: medindo 7,6 metros e pesando 3,6 toneladas.

Durante a viagem de navio, Peter Jackson cozinha o espectador em banho-maria (são três horas de filme!) até definitivamente chegar a Ilha da Caveira. Em meio ao fog, a paisagem mistura ossos e restos no meio da vegetação.

Na floresta, o inesperado: animais jurássicos atrapalham o caminho dos visitantes. Kong, como um lord, salva a mocinha do lagartão e bate no peito para mostrar quem é o rei. Na verdade ele está protegendo a bela que lhe foi entregue para amar.

No trailler, muita gente saiu do cinema se perguntando o que faziam dinossauros no filme, já que a história se passa na década de 30. Ou seja, a mesma época em que Nova Yorktinha os famosos Yellow Cabs, o suntuoso Empire State Building (a cena rodada lá é linda) e biplanos.

Depois de assistir ao filme todo, a dúvida ainda persistiu, mesmo que seja para mostrar o primitivismo. Mas, a contar que se trata de Hollywood, tudo é possível. Inclusive um lapso na história que pode passar por um simples detalhe.

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