Memória Cinematográfica

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Uma Vida Iluminada

Curto circuito Estreia tatianna 17 novembro 2005

Depois de ter vivido Frodo na trilogia “O Senhor dos Anéis“, Elijah Wood tem o direito de escolher qualquer outro papel para interpretar, uma vez que fama e dinheiro ele já ganhou.

Após uma rápida passagem em “Sin City – A Cidade do Pecado“, o seu novo personagem é o americano Jonathan Safran Foer, no longa-metragem “Uma Vida Iluminada” (“Everything is Illuminated”), de Liev Schreiber, que estréia nesta sexta-feira, dia 18.

No começo do mês, aliás, o filme recebeu o prêmio do Júri Internacional de Melhor Roteiro da 29ª edição da Mostra BR de Cinema.

O símbolo da Warner no começo da exibição já entrega: trata-se de uma produção independente. E a história, que conta sobre o colecionador de objetos que voa para a Ucrânia em busca da mulher que salvou o seu avô durante o Holocausto, está longe de ser convencional.

A escolha pelos olhos azuis do ex-hobbit não podia ter sido mais acertada. Como o roteiro não requer muitos diálogos com Elijah, já que a trama é basicamente falada em russo, são seus olhos e sua excelente interpretação que fazem a diferença.

Baseado no romance homônimo, Jonathan vai à Ucrânia com o intuito de juntar os pedaços da história de sua família. Foi seu avô quem começou a lhe ensinar como colecionar objetos.

Sempre que vê algo interessante, coloca dentro de um saco plástico, lacra e pendura na parede, em um enorme painel. E aí vale tudo: dentadura, passagem de avião, areia. O próprio personagem afirma que o motivo pelo qual coleciona objetos é porque “talvez tenha medo de esquecer”.

Chegando na Ucrânia, Jonathan encontra o tradutor Alex, o ucraniano Eugene Hutz, que consegue o time perfeito para as piadas  e tem um inglês hilário.

Outro personagem que faz a diferença é o avô de Alex, Boris Leskin, que acredita ser cego e faz as vezes de motorista para o turista judeu que chega à cidade. O longa, aliás, possui muitos takes dentro do carro, oferecendo ao espectador a oportunidade de viajar junto.

Outro indispensável é o estressado cachorro do avô, Sammy Davis Jr. Jr. O cão desequilibra a trama e faz a platéia soltar boas gargalhadas, mesmo se tratando de um longa dramático.

Elemento importante para situar o espectador é a trilha sonora, que explora os ritmos locais. No final, acaba sendo uma viagem com revelações incríveis, como a importância de se guardar a história de um povo, do amor e da amizade.

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