No final de semana assisti ao filme “O Clã das Adagas Voadoras” (“Shi Mian Mai Fu”), uma produção chinesa de 2004.
O longa-metragem é dirigido por Zhang Yimou (“Herói”) e é muito bem feito, ao contrário do que se possa imaginar de produções não-americanas. Aliás, esta é uma coisa que precisa acabar, haja vista as produções brasileiras também.
A história se passa no ano de 859, quando a China passa por terríveis conflitos. A dinastia Tang, antes próspera, está decadente. Corrupto, o governo é incapaz de lutar contra os grupos rebeldes.
O mais poderoso e prestigiado deles é o Clã das Adagas Voadores. Leo (Andy Lau) e Jin (Takeshi Kaneshiro), dois soldados do exército oficial, recebem a missão de capturar o misterioso líder do Clã e imaginam um plano: Jin se disfarça como um combatente solitário, ganha a confiança da bela revolucionária cega Mei (Zhang Ziyi) e, assim, infiltra-se no grupo.
Se a trama começa com fundamento político, ao final percebe-se que ela muda o rumo e passa a falar de amor. Com cenas bem dirigidas e com locações mais bonitas ainda, o longa recebeu indicação ao Oscar de Melhor Fotografia.
Vale destacar algumas cenas, como a feita no campo das árvores, quando a revolucionária é procurada pelos guardas do governo. A dança feita logo no começo da película, na Casa dos Prazeres, também é sensacional.