Logo após as eleições norte-americanas, quando George W. Bush é reeleito pelo povo e o mundo todo se manifesta sobre os direitos humanos e a guerra no Iraque, nas telas brasileiras estréia “Sob o Domínio do Mal”, longa-metragem baseado do livro homônimo de Richard Condon.
O filme tem enfoque principalmente na candidatura do vice-presidente dos Estados Unidos, o ex-soldado Raymond Shaw (Liev Schreiber), que obedece aos mandamentos de sua mãe, a polêmica senadora Eleanor Prentis Shaw (Meryl Streep). Trata-se, portanto, de uma história de controle da mente e abuso do poder político dirigida por Jonathan Demme (“O Silêncio dos Inocentes”).
Ao ser chamado pelo nome completo, imediatamente Shaw abaixa a cabeça e se transforma num terrível assassino e, quando manipulado, faz aquilo que a voz ao telefone ou pessoalmente lhe manda. E não se lembra de nada após a ação.
No entanto, o major do exército americano, Bennett Marco (Denzel Washington), vê em seus sonhos o ocorrido na emboscada durante a Guerra do Golfo, no Kuwait, em 1991. E é a partir daí que ele começa a seguir o caminho da sua incansável busca, que é descobrir o que significa uma espécie de chip colocado em suas costas.
De Washington para Nova York, Marco é reconhecido no trem pela atendente do supermercado Rosie (Kimberly Elise), que o leva para a casa onde ficará hospedado. Rosie o questiona sobre diversos assuntos, entrando até mesmo no banheiro quando Marco consegue retirar o tal chip de suas costas. Mas ela se faz de tola e não comenta a respeito.
Shaw, que ganhou a Medalha de Honra ao Mérito por ter salvo a equipe do major, é procurado constantemente por Marco para conversarem sobre os sonhos. Mas Shaw foge, e quando enfim se rende à conversa, não enxerga o problema, afinal sua mãe o controla.
A questão é que estão tentando infiltrar um espião na Casa Branca para controlar cada vez mais o mundo. Quando o presidente é eleito, tudo é armado para que ele seja assassinado e que o vice assuma. Nem tudo sai como o planejado, assim como na vida real.
O filme realmente prende a atenção do espectador, principalmente quando tudo está sendo desvendado e vem aquela famosa percepção que fazemos quando assistimos à política brasileira e mundial: que sujeirada!