Memória Cinematográfica

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Looper – Assassinos do Futuro

Estreia 27 setembro 2012

Uma das coisas que mais confundem o espectador dentro da sala escura é o longa-metragem que trata de viagens no tem­po. Um dos mais recentes, “A Origem” (2010), de Christopher Nolan, deixa a plateia se perguntando o que está acontecendo durante boa parte da projeção. É comum, aliás, as pessoas assitirem ao filme mais de uma vez para entender os detalhes.

Em “Looper – Assassinos do Futuro” (“Looper”), a situação não é diferente. A trama se passa em um futuro próximo, no qual um grupo de assassinos (os tais Loopers) são enviados do futuro para o presente a fim de matarem criminosos antes que os crimes sejam cometidos.

O problema é que, um deles, Joe (Joseph Gordon-Levitt, de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”), descobre que foi enviado para o passado para matar a si mesmo, em uma versão mais velha (Bruce Willis).

Até que o espectador entenda o que está se passando na tela, porém, já é quase o fim do filme. Aos cinéfilos mais ansiosos, existe uma dificuldade maior de acompanhar a trama, cheia de narrações em off para que cada personagem explique o que está fazendo. Logo no início, uma dessas narrações traduz o que são os loopers.

Na verdade, eles precisam encontrar quem são os loopers e dar o fim. Caso o seu looper fuja, a pessoa passa a ser o procurado. Por conta disso, o longa é violento, cheio de tiros e perseguições.

Depois de mostrar o seu talento em diferentes longas, Joseph Gordon-Levitt comprova que é mesmo um bom ator – ainda que seus traços tenham sido modificados com a maquiagem – e consegue transitar em diferentes gêneros.

Neste filme, seu personagem é viciado em drogas, entrega seu amigo em troca de prata, mas precisa solucionar um problema ainda maior no decorrer da trama. É neste ponto que entra em cena a personagem feminina do filme: Sara (Emily Blunt).

A trama de “Looper – Assassinos do Futuro” é tão confusa, que é provável que até mesmo o diretor e roteirista, Rian Johnson (de “Os Vigaristas”), não saiba ao certo o que está se passando. Quando entra em cena uma criança, filho de Sara, é que o espectador vai entender menos ainda a trama.

Acostumado a filmes de ação, Bruce Willis, aplica toda a sua malemolência e seu jeito de canastrão no seu personagem e dá ritmo ao filme. Os diálogos, embora tentem explicar o que se passa na tela, não têm bom humor, e talvez seja esse o elemento que falta na trama, para que dê mais leveza e conquiste o espectador de uma vez por todas no meio do filme. Sendo assim, é bem provável que muitos saiam da sala do cinema sem entender o que acabou de acompanhar na tela grande.

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