Após pouco mais de três anos do lançamento do primeiro filme, em julho de 2005, estréia nos cinemas nesta sexta-feira, dia 12 de dezembro, “Madagascar 2 – A Escapada” (“Madagascar: Escape 2 Africa”).
A aventura começa no continente africano, quando aparece o bebê leão, filho de Alex, que fazia muito sucesso no zoológico de Nova York, de onde eles originalmente são. No filme anterior, Alex, juntamente com Marty (a zebra), Melman (a girafa) e Gloria (a hipopótamo) vão parar na selva africana. Uma reviravolta acontece, até que o bebê se perde dos pais e a história ganha novo fôlego.
Para sair da selva africana e voltar para Nova York, os amigos contam com a ajuda dos pingüins (aqueles “do mal”, que roubaram a cena no filme anterior). Então, eles tentam voar com um antigo avião militar que caiu na ilha. Quando o primeiro vôo da Air Pingüim decola, a aventura continua.
A fita novamente é dirigida pela dupla Eric Darnell e Tom McGrath, e escrita por Ethan Coen. Os diálogos são engraçados e aproveitam para cutucar a civilização quando faz comparações com a selva africana e a selva de pedra nova-iorquina, por exemplo.
Além de ser uma continuação do longa-metragem da DreamWorks, há uma personagem que neste episódio ganha mais destaque: a velhinha que bateu no leão na estação de trem na cidade. Isso porque ela está em férias na África e se invoca novamente com o leão. Nesta ocasião, ela remete o espectador ao desenho animado “Piu-Piu e Frajola”, quando ela lembra a vovó do passarinho. Outra semelhança que é possível conferir é com o longa da Disney “O Rei Leão”, já que o destaque do roteiro é para o leão e seu bebê.
Alex, o filho, não sabe urrar tal como o seu pai fazia, mas aprendeu outras habilidades para distrair o seu público no zoológico, como dançar e rebolar. Conforme ele mesmo explica, foi na Broadway que aprendeu as coreografias. Uma das canções, aliás, remete ao espetáculo “Cats”, que durante muito tempo ficou em cartaz naquela cidade.
Se no primeiro filme o destaque era para os pingüins, neste as cenas mais engraçadas são protagonizadas por rei Julian, o lêmure que canta, dança e lidera uma tribo de sua espécie. A cena que ele tenta assobiar, por exemplo, é hilária! A música que ficou famosa no longa anterior (e que dá nome a esta matéria) não toca muitas vezes, mas continua sendo um hit.
Quando Gloria, a hipopótamo está em Madagascar, começa a se sentir no paraíso a partir do momento que é cobiçada por um macho. Ele pensa em conquistá-la, rebola, canta e dança. Caricato, o machão é previsível, mas engraçado. O amor, porém, acontece entre Gloria e a girafa hipocondríaca, que na selva vira uma espécie de curandeira.
“Madagascar 2” não traz muitas novidades ao espectador, até porque há poucos novos personagens e situações que instiguem o público a querer conferir. Principalmente porque os personagens com mais carisma e os mais engraçados são colocados em segundo plano, enquanto que em primeiro estão o leão e seu filho desaparecido. Novamente, a DreamWorks SKG, estúdio dos sócios Steven Spielberg, Jeffrey Katzenberg (ex-chairman da Disney) e David Geffen tentam fisgar o seu público contando histórias que lembram as anteriores ou até mesmo tiram sarro, como fizeram em “Shrek”, quando usaram os personagens dos contos-de-fada em situações hilárias.
Tanto a Disney/Pixar quanto a DreamWorks entenderam que longas de animação têm tudo para levar aos cinemas adultos e crianças, principalmente quando a trama é cercada de animais divertidos (veja o exemplo de “Procurando Nemo”, “O Espanta Tubarões”, “Ratatouille”, entre tantos outros títulos). Aproveite as férias das crianças e leve-as ao cinema: sempre uma boa desculpa!