Memória Cinematográfica

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Happy Feet: O Pingüim

Animação tatianna 24 novembro 2006

Uma das melhores animações do ano, “Happy Feet: O Pingüim” (“Happy Feet”) conta a história de pingüins Imperadores da Antártica. O longa-metragem estréia nesta sexta, dia 24 de novembro, justamente próximo às férias escolares e em um momento no qual o cinema de animação está exigente quanto à qualidade dos filmes.

Idealizado antes do documentário francês “A Marcha dos Pingüins” (“La Marche de L’Empereur”), de Luc Jacquet, que estreou no início do ano, “Happy Feet” é original, mas certamente levou cerca de quatro anos para ficar pronto (o que é extremamente normal para este tipo de longa).

Na trama, Mano (com voz de Elijah Wood na fase jovem e na versão original) é um pingüim diferente do restante. Até aí nenhuma novidade, basta se lembrar da história de “O Patinho Feio”. Porém, aqui não é por sua beleza que ele é rejeitado. Mano não sabe cantar, a principal qualidade para um pingüim que precisa ter a sua “canção do coração” para conquistar a sua cara metade.

Mano Happy Feet tem os pés felizes, capazes de sapatear tal como Fred Astaire faria. As coreografias, aliás, são assinadas por Savion Glover e Kelley Abbey, com músicas compostas por John Powell.

A mãe de Mano, Norma Jean (Nicole Kidman), acha o sapateado engraçadinho, mas o pai, Mênfis (Hugh Jackman), diz que “isso não é coisa de pingüim”.

Ao contrário de Mano, Glória (Brittany Murphy), sua melhor amiga, é uma excelente cantora. Ela e os demais pingüins interpretam canções de Fred Mercury, do Queen, e Prince, que são os momentos mais eufóricos do longa. Mano e Glória se identificam desde o primeiro encontro, porém, ela não aceita o jeito esquisitão dele.

E por ser desafinado e ter um tique nos pés, Mano é expulso de sua colônia e é a partir daí que ele conhece um outro grupo de pingüins com sotaque latino, como Ramon (Robin Williams), que o admiram e vão fazer de tudo para ajudar o amigo.

Na Terra dos Adelies, Mano procura os conselhos de Amoroso, o Guru (também dublado por Williams), um pingüim saltador-de-rochas de penas estranhas, que responde a qualquer pergunta sobre a vida em troca de uma pedrinha.

Nesse meio tempo, eles descobrem que alienígenas estão acabando com os peixes da região e, portanto, destruindo a cadeia alimentar.

O longa-metragem, embora seja infantil, tem uma mensagem que se estende para toda a família, sobre como estamos tratando o planeta e os animais que vivem nele.

O diretor australiano George Miller (“Mad Max”) já teve sucesso na animação com “Babe, o Porquinho” e continua cumprindo a tarefa da melhor maneira possível. Ele, que não filma desde 1998, retorna às telas contando uma história de primeira, se utilizando de recursos tecnológicos avançados, sem perder a mão de elementos essenciais para se contar uma boa história.

Happy Feet é uma animação obrigatória não só para quem ama cinema, mas também para aqueles que prezam por uma produção bem feita, aliada a uma história bem contada e com personagens psicologicamente bem construídos.

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