Memória Cinematográfica

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Missão: Impossível III

Blockbuster tatianna 4 maio 2006

As primeiras cenas já mostram o que vem pela frente: violência, tiros e explosões. “Missão: Impossível III” (“Mission: Impossible III”) traz às telas, sexta, dia  5, em lançamento mundial, a maior aposta de Tom Cruise. Pai mais uma vez (sua filha Suri, com a atriz Katie Holmes, nasceu dia 18 de abril), o ator está mais maduro no papel do agente secreto Ethan Hunt. Já o roteiro, bem, não se pode dizer o mesmo.

Neste thriller, Hunt enfrenta o vilão Owen Davian, vivido pelo vencedor do Oscar de Melhor Ator por “Capote”, Philip Seymour Hoffman. O adversário do agente é assustador e ao mesmo tempo inteligente. Além de ser um vilão, Owen é um psicopata e negociante internacional de armas e de informações que vai dar muito trabalho à IMF (Impossible Mission Force), a empresa na qual trabalham também Declan (Jonathan Rhys Meyers), Zhen (Maggie Q), Lyndsey (Keri Russell) e Luther (Ving Rhames).

A luta continua sendo entre o bem e o mal, e o bem, neste caso, representa o Estado, a Casa Branca. Os dois primeiros filmes, produzidos em 1996 e 2000, foram dirigidos por Brian de Palma e John Woo, respectivamente. Neste, quem tomou a frente foi J.J. Abrams, o mesmo diretor de “Armageddon” e da série de maior sucesso da TV, “Lost”. Com a câmera na mão ele projeta algumas cenas de efeito, demonstra ação e sabe o que está fazendo. A explosão na ponte é excelente.

Na trama, Hunt tem uma vida separada do seu trabalho, mesmo que os seus colegas sejam contra. O seu casamento com a bela Julia (Michelle Monaghan) será um problema no decorrer da história. Mas ele precisa conciliar sua vida pessoal com o perigo que representa o seu trabalho.

No corre-corre, as cenas se passam também em Xangai, Berlim e Roma. As que envolvem motoristas italianos são realmente engraçadas. O mesmo acontece quando Hunt adentra o Vaticano. É também nos telhados da cidade chinesa que o agente secreto procura pelo tal “Pé de Coelho”, objeto perseguido durante 126 minutos da fita. O espectador, porém, irá para casa sem saber do que se trata o objeto.

Se Tom Cruise injeta adrenalina na personagem quando ela está ferida, ele também a insere no público. A ação não pára. É uma explosão atrás da outra, a trilha sonora acompanha o ritmo e, vez por outra, entra a música que ficou famosa com a fita. Tom Cruise se divertiu bastante ao atuar no filme. Tenho certeza que o espectador também vai se divertir ao assisti-lo, mesmo que a história não seja lá mil maravilhas.

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