Memória Cinematográfica

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Batman Begins

A onda agora é contar como nascem os super-heróis e os homens maus. Depois de “Star Wars” mostrar como o temido Darth Vader passou de Jedi para o lado sombrio da força, de a série “Smallville” falar como Superman usa seus superpoderes para salvar o mundo, além de muitos outros, agora a Warner Bros. traz para as telas a história de como Batman se tornou este super-herói em defesa de Gothan City.

“Batman Begins”, longa-metragem que tem estréia mundial (350 salas no Brasil – três delas no Tamboré) sexta, 17, traz à luz as histórias desse menino de família rica, criado pelo mordomo, e que tem sede de justiça, mesmo que ela seja feita pelas próprias mãos.

Filmado em Chicago, Islândia e Londres, o longa é dirigido por Christopher Nolan (“Insônia”), que não explora os vôos do morcego, nem aplica muitos efeitos especiais (se bem que há uma revoada de morcegos…).

A iluminação sombria, juntamente com trilha sonora de composta por Hans Zimmer e James Newton, dão um ótimo resultado, principalmente nas cenas de luta sobre o gelo, garantindo uma boa Direção de Arte.

Estrelada por Christian Bale, que faz Bruce Wayne e Batman, a película conta desde quando os seus pais foram assassinados, até o momento em que Coringa, que se tornaria seu eterno rival, chega para combater as ações do homem-morcego que preza pelo bem.

Com o intuito de requerer justiça, Bruce viaja o mundo, passa por montanhas geladas e aprende com Ducar (Liam Neeson) e Ra’s al Ghul (Ken Watanabe) a lutar.

Como Ducar diz, “para manipular o medo das pessoas é preciso manipular o seu”. Quando retorna à cidade, Bruce percebe que tem muito a fazer, e mais ainda quando assiste à sua amiga de infância Rachel (Katie Holmes) ser ameaçada pelos subornadores da cidade, que colocam a polícia contra as pessoas de bem.

Bale é bom tanto como Bruce quanto como Batman, talvez o melhor até hoje, tendo em vista os quatro primeiros longas estrelados respectivamente por Michael Keaton (“Batman” e “Batman: O Retorno”), Val Kilmer (“Batman Eternamente”) e George Clooney (“Batman & Robin”).

Impagável mesmo é Michael Cane, que faz o mordomo Alfred, com seu sotaque extremamente britânico e com o seu toque de humor. Alfred, aliás, é o confidente e que tudo sabe sobre as aventuras do menino que cresceu com necessidade de acabar com as desigualdades, já que se sente culpado pela morte dos pais.

É dele a principal lição, quando repete diversas vezes: “caímos para aprendermos a nos levantar”. Lição aprendida também pelos produtores, após o fracasso de “Batman & Robin” há oito anos.

Outro ator de peso da trama é Morgan Freeman, vencedor do Oscar como Melhor Ator Coadjuvante, em “Menina de Ouro“. Em “Batman Begins” ele é Lucius Fox, outro aliado e que trabalha na divisão de Ciências Aplicadas da Wayne Enterprises e responsável pelo Batmóvel, pela roupa a prova de balas, por todos os apetrechos que ele precisa nas missões e pelos antídotos dos venenos espalhados por toda a cidade.

Para os fãs de Batman que esperam um filme para se divertir é um prato cheio. Principalmente porque, além de descobrir toda a história que antecede as benfeitorias e defesas realizadas em Gothan City, os espectadores podem sentir o gosto de ver o Cavaleiro das Trevas em ação, depois de um longo tempo longe das telas.

Comentários

No melhor estilo super-herói, “Batman Begins” supera qualquer expectativa e vem a pergunta: por que Batman não foi feito assim? Uma ótima questão a ser solucionada por “Homem-Aranha” em seu terceiro filme.

 

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