Memória Cinematográfica

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Alexandre

tatianna 14 janeiro 2005

A nova aposta da Warner, o filme épico “Alexandre”, que estréia na sexta, dia 14, não foi bem nos Estados Unidos. O longa-metragem dirigido por Oliver Stone (“O Expresso da Meia-Noite”) ficou em sexto lugar no ranking da bilheteria em seu primeiro final de semana de exibição no país, entre os dias 26 e 28 de novembro. O principal movimento contrário ao filme diz respeito, sobretudo, à bissexualidade do personagem-título, vivido pelo ator irlandês Colin Farrell.

Um grupo de advogados gregos afirma que o rei da Macedônia não era gay e ameaça processar a empresa. O diretor, porém, garante que o longa é fiel à história e foi feito com acompanhamento de especialistas.

Sobre a sexualidade de Alexandre, Farrell afirma que “na época, a partilha de conhecimento e contato físico entre homens era o amor puro”. Segundo ele, não havia homossexualismo ou bissexualismo. “Havia apenas uma inevitável sexualidade”, comenta Farrell, que teve os cabelos alongados e pintados de loiro.

Um dos papéis que poderiam ser polêmicos, sob a ótica de Stone, seria a mãe de Alexandre, Olímpia, vivida por Angelina Jolie (que tem apenas um ano a menos do que Farrell), uma vez que ela entregou uma cobra a seu filho quando ele ainda era pequeno. Angelina, aliás, é um dos poucos e bons motivos para ir ao cinema. Linda e com um sotaque caprichado, ela interpreta muito bem a feiticeira e incentivadora do filho para que ele fique marcado pra sempre na história.

Baseado em história real do rei da Macedônia, “Alexandre” é uma superprodução que custou US$ 150 milhões. Depois de algumas tentativas para filmar a história de “Alexandre, O Grande”, Stone aceitou o desafio por acreditar que ele teve grande representação histórica, uma vez que aos 25 anos havia conquistado 90% do mundo conhecido. E foi liderando os exércitos gregos, macedônios e orientais em ataques, que conquistou um enorme império.

Ambientado num mundo antes de Cristo, a narração é feita pelo general de sua confiança, Ptolomeu (Anthony Hopkins), que sobreviveu a todas as batalhas.

Após a morte de seu pai, o rei Filipe (Val Kilmer), Alexandre assume o seu lugar e sai da Macedônia com destino à Ásia Ocidental, cujo intuito era libertar aquele povo do domínio persa. Ele, então, expande o seu império até chegar à Índia, quando resolve voltar.

E é longe da Macedônia que Alexandre se casa com Roxana (Rosario Dawson), criando uma certa antipatia perante os outros guerreiros, uma vez que ele estaria “misturando” o sangue macedônio puro.

A verdade, no entanto, é que nem mesmo Alexandre pode ter seu sangue-puro, já que sua própria mãe afirma que Alexandre é filho de Zeus, o deus dos deuses.

Comentários

Não sei se deu pra perceber, mas eu não achei o filme grande coisa. A crítica já começou a meter o pau e eu ajudo. Primeiro, três longas horas de filme pra contar pouco; segundo, nada contra homossexuais, mas o exagerou atrapalhou um pouco, e fora que era muito afetado (segundo consta, o amor era puro e não aquela pegação/melação); terceiro, Hollywood tem condições de fazer superproduções de verdade e esta só gastou dinheiro. Achei a atuação de Angelina Jolie excelente. A fotografia também é bacana.

Outra coisa que tenho pra comentar é quanto ao figurino, também bem escolhido. Depois de assistir ao longa dá pra imaginar porque ninguém tava querendo encarar a biografia de Alexandre (que de grande de não tem nada).

 

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